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Ascensão de campanha republicana dá tom decisivo a debate entre vices

Confronto entre Biden e Ryan ganha peso depois de pesquisas mostrarem vantagem de Romney sobre Obama

Por Gustavo Chacra e correspondente em Nova York
Atualização:

NOVA YORK - Depois do fraco desempenho do presidente Barack Obama no primeiro debate presidencial, caberá nesta quinta-feira ao seu vice, Joe Biden, conhecido por suas gafes e também por sua experiência, tentar superar o jovem deputado Paul Ryan, companheiro de chapa do republicano, Mitt Romney, em debate em Denville, Kentucky. Uma vitória de Biden é considerada fundamental para os democratas conterem a ascensão de Romney.

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O republicano conseguiu se recuperar nas pesquisas depois de derrotar o presidente na semana passada. Em algumas, chega a aparecer à frente de Obama, embora o opositor permaneça atrás na corrida por delegados no Colégio Eleitoral.

Nos EUA, o debate entre candidatos a vice costuma atrair atenção da mídia e da população. Em 2008, o encontro entre Biden e a então candidata a vice republicana, Sarah Palin, teve maior audiência do que alguns dos debates entre Obama e o seu rival John McCain.

Para reduzir a pressão e a expectativa, os dois lados tentam posicionar o adversário como favorito e ambos dedicaram alguns dias especialmente para treinamento. Biden já participou de uma série de debates nas primárias democratas. Ryan disputou apenas um, como candidato a deputado, mais de uma década atrás. Sua experiência estaria nos embates na Câmara dos Deputados, onde sempre foi a voz do conservadorismo fiscal, batendo de frente diversas vezes com a administração Obama.

"Biden já debateu muitas vezes e essa será a minha primeira vez, uma situação tensa. Ele é um dos melhores debatedores que tivemos nos últimos tempos. Mas o tendão de Aquiles dele é o histórico de Obama como presidente", afirmou Ryan. Já o vice-presidente disse apenas esperar um "debate duro".

No encontro, os dois debaterão por 90 minutos, sem intervalos comerciais. Temas domésticos e de política externa serão abordados. No primeiro caso, Ryan, de 42 anos, talvez leve vantagem por ter uma série de números da economia americana decorados e ter se envolvido em diversas discussões no Congresso. Biden, de 69 anos, tem bem mais experiência em questões internacionais. No passado, foi presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

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Nos EUA, o candidato a vice republicano é conhecido por ser um dos maiores defensores da redução do déficit e da eliminação dos gastos governamentais. De acordo com pesquisa da Pew Research, Ryan tem 44% de popularidade, contra 39% do vice-presidente. 

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