11 de outubro de 2012 | 03h10
O republicano conseguiu se recuperar nas pesquisas depois de derrotar o presidente na semana passada. Em algumas, chega a aparecer à frente de Obama, embora o opositor permaneça atrás na corrida por delegados no Colégio Eleitoral.
Nos EUA, o debate entre candidatos a vice costuma atrair atenção da mídia e da população. Em 2008, o encontro entre Biden e a então candidata a vice republicana, Sarah Palin, teve maior audiência do que alguns dos debates entre Obama e o seu rival John McCain.
Para reduzir a pressão e a expectativa, os dois lados tentam posicionar o adversário como favorito e ambos dedicaram alguns dias especialmente para treinamento. Biden já participou de uma série de debates nas primárias democratas. Ryan disputou apenas um, como candidato a deputado, mais de uma década atrás. Sua experiência estaria nos embates na Câmara dos Deputados, onde sempre foi a voz do conservadorismo fiscal, batendo de frente diversas vezes com a administração Obama.
"Biden já debateu muitas vezes e essa será a minha primeira vez, uma situação tensa. Ele é um dos melhores debatedores que tivemos nos últimos tempos. Mas o tendão de Aquiles dele é o histórico de Obama como presidente", afirmou Ryan. Já o vice-presidente disse apenas esperar um "debate duro" esta noite.
No encontro de hoje, os dois debaterão por 90 minutos, sem intervalos comerciais. Temas domésticos e de política externa serão abordados. No primeiro caso, Ryan, de 42 anos, talvez leve vantagem por ter uma série de números da economia americana decorados e ter se envolvido em diversas discussões no Congresso. Biden, de 69 anos, tem bem mais experiência em questões internacionais. No passado, foi presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Nos EUA, o candidato a vice republicano é conhecido por ser um dos maiores defensores da redução do déficit e da eliminação dos gastos governamentais. De acordo com pesquisa da Pew Research, Ryan tem 44% de popularidade, contra 39% do vice-presidente.
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