
29 de abril de 2017 | 02h53
MANILA - A Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) inicia neste sábado, 29, em Manila, uma reunião de chefes de Estado e de Governo dedicada à integração econômica, às disputas territoriais e à luta contra o narcotráfico.
"Temos a esperança de emergir política e economicamente mais fortes", disse o presidente filipino, Rodrigo Duterte, no discurso inaugural.
Crise e integração na Ásia
Filipinas ocupa este ano a presidência rotatória da organização, da qual também são parte Myanmar, Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
A reunião é a primeira das duas organizadas anualmente pela organização, que completa 50 anos em 2017.
Duterte convidou o restante dos dirigentes a "avançar na cooperação regional permanecendo honestos, firmes e resolutos em nossos processo de integração, inovação, inclusão e conectividade". Defendeu, ainda, a necessidade de integrar mais a região com a economia global em um momento em que os países membros exploram novas possibilidades econômicas e comerciais.
Tratado. Espera-se que os líderes do bloco abordem as possibilidades de redigir um amplo tratado de livre comércio que inclua países como China, Japão e Índia, depois da retirada dos Estados Unidos do Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica (TPP).
A ASEAN aspira aumentar o PIB conjunto da região a US$ 4,7 bilhões em 2020 e tornar-se a quarta potência do mundo em 15 anos.
Disputas territoriais no Mar do Sul da China que Brunei, Filipinas, Taiwan, Malásia e Vietnã têm com Pequim devem ser abordadas. O presidente filipino, que iniciou em julho de 2016 uma polêmica campanha antidrogas que já deixou sete mil mortos, também instigou líderes do Sudeste Asiático a cooperar na luta contra o narcotráfico. Ele assegurou que "com vontade e cooperação política o aparato das drogas pode ser desmantelado e destruído antes que destrua as sociedades".
Cerca de duas mil pessoas participam do evento em Manila. A próxima reunião ocorrerá em novembro, também nas Filipinas, e terá a presença dos presidentes de China, Coreia do Sul e Estados Unidos, além dos primeiros ministros de Austrália, Índia e Japão. / EFE
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