Assad diz que Síria está em 'real situação de guerra'

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Por AE
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O presidente da Síria, Bashar Assad, declarou nesta terça-feira que seu país está numa "real situação de guerra", após 16 meses de um levante contra seu governo. "Estamos testemunhando uma real situação de guerra", disse ele segundo a agência estatal de notícias Sana durante uma reunião do novo gabinete sírio. "Quando se está numa situação de guerra, todas as políticas e capacidades devem ser usadas para assegurar a vitória", disse ele. Forças da Guarda Republicana síria entraram em confronto com rebeldes nas proximidades de Damasco nesta terça-feira, numa das batalhas mais intensas envolvendo essas força especiais desde o início do levante contra Assad, afirmaram ativistas. Os confrontos tiveram início perto do alojamentos e bases da Guarda Republicana nos subúrbios de Qudsaya e Hammah, a cerca de oito quilômetros da capital Damasco, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos. De acordo com o grupo, seis pessoas morreram. A Guarda Republicana, que é comandada pelo irmão mais novo de Assad, Maher, é encarregada de proteger a capital, onde o poder do regime está concentrado. Os confrontos sugerem que os rebeldes estão ficando mais ousados. Confrontos costumam acontecer nos subúrbios, mas as forças de Assad têm o controle de Damasco e é muito raro haver embates perto das bases da Guarda Republicana. Não está claro o que deu início aos distúrbios ou a que distância das bases da Guarda eles aconteceram. Assad tem enfrentado uma onda de deserções nos últimos dias, dentre elas as de oficiais militares graduados que fugiram para a Turquia. Mas, apesar do aumento das deserções de alta patente, o círculo interno de Assad permanece praticamente intacto. A agência Sana confirmou a ocorrência de confrontos na área e afirmou que dezenas de homens armados atacaram civis e tropas do governo em Hammah. A Sana disse que as tropas combateram os atacantes, dentre os quais havia combatentes estrangeiros, matando dezenas deles e detendo outros, além de confiscar rifles automáticos, lançadores de granadas e uma grande quantidade de munição.O Observatório e os Comitês de Coordenação Locais (CCL), outro grupo ativista, disseram que tropas invadiram o bairro de Barzeh, em Damasco, com veículos blindados e mataram pelo menos uma pessoa. Os grupos também relataram intensos bombardeios na cidade de Deir el-Zor, onde pelos menos cinco pessoas morreram. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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