Assad nega ter ordenado repressão violenta contra manifestantes

Em entrevista à rede ABC, ele disse que 'só um louco mandaria matar seu próprio povo'

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Atualização:

Em entrevista à rede norte-americana de televisão ABC, o presidente da Síria, Bashar al-Assad, afirmou que não ordenou as medidas de violência e repressão contra as pessoas que protestam contra seu regime em todo o país.

 

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De acordo com Assad, a maioria das pessoas mortas durante os protestos são apoiadores do governo. Ele garante que cerca de 1,1 mil soldados e policiais estão entre as vítimas da violência.

 

Também durante a entrevista, Assad disse que não sente culpa pela repressão violenta, porém admitiu que foram cometidos erros no país. 'Não matamos nosso povo. Nenhum governo mata sua população, a não ser que seja liderado por um louco', afirmou.

 

Ele disse, ainda, que não é dono das forças de segurança do país e duvidou das denúncias feitas por ativistas que soldados têm invadido casas, prendendo e matando civis, inclusive crianças.

 

Questionado sobre os cerca de 4 mil mortos que a ONU disse que foram vítimas da violência do seu regime, Assad disse desconfiar da seriedade da instituição.

 

Contrariando as afirmações de Assad, no entanto, ativistas denunciaram nesta quarta-feira, 7, que dezenas de corpos mutilados foram jogados pelas ruas da cidade de Homs, com sinais claros de tortura.

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