Texto atualizado às 13h00
BEIRUTE - O presidente da Síria, Bashar Assad, pediu nesta quarta-feira, 1, em discurso publicado na revista oficial do Exército, que suas Forças Armadas intensifiquem a luta contra os rebeldes. Também hoje, a Organização das Nações Unidas (ONU) reportou uma escalada significativa na guerra civil, com os militares utilizando caças para atirar em soldados da oposição na batalha por Alepo.
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A porta-voz da missão da ONU na Síria, Sausan Ghosheh, afirmou que a situação em Alepo, que passa pelo 12º dia de confrontos intensos, é terrível, com "uso intenso de armas pesadas", incluindo tanques de guerra - que agora os rebeldes também possuem. "Ontem, pela primeira vez, nossos observadores testemunharam disparos vindos de uma aeronave", disse a porta-voz. Segundo ela, também existe "falta de comida, combustível, água e gás."
Assad incentivou suas tropas a redobrarem os esforças para retomar a cidade. Alepo é assolada pela violência desde que os rebeldes lançaram uma ofensiva para expulsar as tropas do governo. Eles foram bem-sucedidos em diversos bairros, apesar de ataques diários dos tanques, helicópteros e caças do regime.
"Hoje vocês estão convidados a aumentarem sua preparação e disposição para garantir que as Forças Armadas sejam o escudo, muralha e fortaleza de nossa nação", escreveu Assad. O regime caracteriza a rebelião como um trabalho de terroristas estrangeiros, e o presidente afirmou que "agentes internos" estão colaborando. Assad não fala em público desde que uma bomba em 18 de julho matou quatro de seus principais oficiais de segurança, em Damasco.
O poderoso Exército sírio é vital para a sobrevivência do regime, mas o número de deserções vêm aumentando. A Turquia, país vizinho da Síria, reportou que até agora 28 generais cruzaram a fronteira.