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Assad prossegue com ofensiva, dizem ativistas

Exército matou ao menos 28 pessoas mesmo após governo aceitar proposta de cessar-fogo

Atualização:

BEIRUTE - Os bombardeios e as ofensivas do governo sírio contra os vilarejos controlados por rebeldes mataram pelo 28 pessoas em todo o país neste sábado, 7, reascendendo dúvidas sobre se o regime pretende consentir com um plano de paz internacionalmente.

 

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O presidente da Síria, Bashar Assad, aceitou um prazo de cessar-fogo mediado pelo enviado especial das Nações Unidas, Kofi Annan, que solicitou a retirada das tropas de Assad das cidades e vilarejos até terça-feira. O representante da ONU também pediu que o governo e os rebeldes baixem as armas até 6 horas da manhã (horário local) de quinta-feira.

 

Mas a escalada da violência nos últimos dias tem alimentado acusações de que Assad intensificou os esforços para reprimir o levante popular contra ele antes do cessar-fogo da próxima semana. O governo sírio afirma ter começado a retirar suas forças de segurança antes do cessar-fogo, mas ativistas dizem não ter havido qualquer recuo significativo. Tropas, bases e franco atiradores continuam em quase todas as cidades tomadas pelo conflito.

 

"Eles estão tentando esmagar sistematicamente a revolta popular sempre que podem e independentemente do custo humano", declarou o ativista Mohammad Saeed, em Doma, subúrbio de Damasco.

 

O embaixador dos Estados Unidos para Síria, Robert Ford, disse que o governo sírio parece ter recuado parte de suas tropas das cidades e vilarejos, mas as manteve em outros lugares ou simplesmente as deslocou. Ele afirmou basear tal informação em imagens de satélite de antes e depois das movimentações, que foram divulgadas neste sábado na página do Facebook da embaixada.

 

Prisões e bombardeios continuaram nos redutos da oposição, segundo um comunicado de Ford. "Isso não é uma redução das operações ofensivas de segurança do governo sírio que todos concordam que deve ser o primeiro passo para a iniciativa de Annan ter sucesso", informou o documento. "O regime e o povo sírio devem saber que nós estamos monitorando. O regime não pode esconder a verdade." As informações são da Associated Press.

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