PUBLICIDADE

Assad se reúne com russos e diz que ataques do Ocidente foram baseados em 'mentiras'

Em reunião com políticos da Rússia, o líder do regime sírio tratou sobre os ataques de EUA, França e Reino Unido, que o acusam de usar armas químicas na guerra civil

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, afirmou neste domingo, 15, que os ataques aéreos do Ocidente contra seu país foram acompanhados por uma campanha de "mentiras" no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Assad recebeu visita de um grupo de políticos da Rússia e suas declarações foram veiculadas pela imprensa estatal.

Bashar al-Assad discute com políticos russos estratégias após ataques aéreos dos Estados Unidos Foto: Syrian Arab News Agency (SANA)

PUBLICIDADE

O líder sírio e a Rússia negam que tenha havido o uso de armas químicas em um ataque há pouco mais de uma semana a um subúrbio de Damasco, Douma, que era controlado por rebeldes. O suposto uso desse tipo de arma foi o argumento dado por Estados Unidos, Reino Unido e França para atacar com mísseis a Síria, entre sexta e sábado.

Macron conversou com Putin antes do ataque

Assad disse aos visitantes que os três países que realizaram o ataque lançaram uma campanha de "mentiras e desinformação" contra a Síria e a Rússia. Segundo informações da televisão estatal da Siria, Assad estava de "bom humor" e disse que "os ataques podem unificar a Síria". 

Ataque foi ‘agressão bárbara e brutal’, dizem fontes ligadas ao governo sírio O Conselho de Segurança da ONU está em um impasse sobre como lidar com o conflito sírio, que já dura sete anos, e com o suposto uso de armas químicas. A Rússia é um membro permanente do Conselho de Segurança, com poder de veto, e é também aliada próxima de Assad.

Conflito com rebeldes

Os danos sofridos pelo Centro de Pesquisas da Síria, que veio abaixo com os ataques aéreos capitaneados pelos Estados Unidos Foto: (AP Photo/Hassan Ammar)

As Forças Armadas da Síria lançaram neste domingo ataques aéreos contra rebeldes e atingiram o que, segundo equipes de resgate, eram residências de civis, em uma mostra da capacidade do regime do presidente Bashar al-Assad de travar a luta interna mesmo após um ataque com mísseis contra o país. Os Estados Unidos, o Reino Unido e a França lançaram um ataque com mísseis no sábado (noite de sexta-feira em Brasília) que destruiu boa parte da capacidade síria de produzir armas químicas, de acordo com o Departamento de Defesa americano. Assad continuou, porém, com suas forças militares convencionais intactas.  Menos de 36 horas após o ataque ocidental, a guerra civil seguiu como se nada tivesse acontecido. As forças de Assad avançavam em áreas fora do controle do regime, a norte da capital. Os aviões sírios realizaram ao menos 28 ataques nas proximidades de Homs e Hama, inclusive em áreas civis, afirmou o grupo de socorro Capacetes Brancos neste domingo. No sábado, o regime tomou o controle total de Douma, mesma região onde houve supostamente o ataque com armas químicas, que desencadeou no bombardeio retaliatório dos países ocidentais. Líderes árabes devem se reunir neste domingo na Arábia Saudita e tratar da Síria. Assad não participará, após ser expulso da Liga Árabe em 2011. /Associated Press e Dow Jones Newswires.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.