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Assange aceita extradição para EUA se Obama perdoar militar que vazou documentos

Proposta foi feita pelo fundador do site WikiLeaks em tuíte publicado na conta do site; advogados de Assange também enviaram carta à secretária de Justiça dos EUA, Loretta Lynch

Atualização:

LONDRES - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, aceitará ser extraditado para os Estados Unidos se o presidente em fim de mandato, Barack Obama, conceder o indulto a ex-militar americana Chelsea Manning, presa por vazar documentos, afirmou o site na quinta-feira, 12.

"Se Obama conceder o indulto a Manning, Assange aceitará uma extradição para os Estados Unidos, apesar de ser um caso claramente inconstitucional por parte do Departamento de Justiça dos Estados Unidos", tuitou o WikiLeaks.

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, disse que aceita ser extraditado para os EUA se o presidente Barack Obama perdoar a militarChelsea Manning, que vazou os documentos publicados pelo site Foto: AFP PHOTO / BEN STANSALL

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Assange vive na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012 para evitar a extradição para a Suécia, onde é acusado de agressão sexual. O australiano afirma temer que Estocolmo o extradite para os Estados Unidos por conta da divulgação de milhares de documentos militares e diplomáticos de Washington que foram vazados por Manning.

Chelsea Manning cumpre uma sentença de 35 anos de prisão em isolamento por ter fornecido 700 mil documentos secretos do Departamento de Estado americano. 

Os defensores de Manning têm a esperança de que Obama conceda o indulto antes de deixar o cargo, ainda que a Casa Branca tenha declarado que o presidente não perdoaria a militar. Manning já tentou se matar duas vezes e, atualmente, tem um recurso pendente em um tribunal militar.

A publicação do WikiLeaks no Twitter foi acompanhada de uma carta dirigida à secretária de Justiça dos EUA, Loretta Lynch, na qual o advogado de Assange, Barry Pollack, argumenta que não existe nenhuma base legítima para continuar investigando o fundador do site. / AFP

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