
19 de agosto de 2012 | 12h38
O jornal El País informou, em reportagem publicada em sua edição online, que Garzón garantiu que tomará todas as medidas legais para defender seu cliente e que pediu garantias à Justiça da Suécia sobre um compromisso de não extraditar o australiano para os EUA. "(Assange) nunca se negou a responder à Suécia, disse o advogado, em referência a acusações de crimes sexuais que o australiano enfrenta no país nórdico. Ele buscou garantias que não tinham sido dadas."
O ex-juiz declarou que o Equador poderá considerar fazer um apelo ao Tribunal Internacional de Justiça em Haia, na Holanda, a fim de obrigar a Grã-Bretanha a conceder a Assange passagem segura para fora do país.
No entanto, o ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, disse em um comunicado emitido após a decisão do Equador na semana passada de garantir asilo político a Assange, que o Reino Unido estava sob "obrigação vinculativa" de extraditá-lo à Suécia, segundo reportagem do El País.
O jornal afirmou também que Garzón negou categoricamente que há uma negociação da defesa sobre uma extradição de Assange de Londres para a Suécia. "Não há negociação. Pelo menos que eu saiba, porque não é o nosso trabalho, nem a nossa responsabilidade negociar."
Garzón disse após o encontro com Assange, que o fundador do WikiLeaks estava com espírito de luta. "Ele está agradecido ao povo do Equador e, especialmente ao Presidente Rafael Correa, por conceder-lhe asilo", declarou Garzón. Ele sempre lutou pela verdade e Justiça, sempre defendeu os direitos humanos e vai continuar a fazer isso. Ele exige que o WikiLeaks e seus próprios direitos também sejam respeitados." As informações são da Associated Press.
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