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Assassinatos de pessoas LGBT nos EUA atingiram recorde em 2016, diz relatório

Mais pessoas LGBT foram assassinadas nos EUA em 2016 do que em qualquer um dos 20 anos transcorridos desde o início dos registros, segundo ativistas

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Por Redação
Atualização:

NOVA YORK - Mais pessoas LGBT foram assassinadas nos Estados Unidos em 2016 do que em qualquer um dos 20 anos transcorridos desde o início dos registros, um número reforçado pelas mortes de 49 pessoas em um ataque a uma boate gay da Flórida em junho, revelou um grupo de ativistas nesta segunda-feira, 12.

Após 12 meses, os afetados pelo ataque à boate Pulse estão mais "tranquilos", vão perdendo o medo e deixando de se preocupar com o que está a sua volta Foto: AP Photo/David Goldman

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A divulgação do relatório da Coalizão Nacional de Programas Antiviolência dos EUA coincide com o primeiro aniversário do massacre na casa noturna Pulse, de Orlando, o ataque a tiros mais letal na história moderna dos EUA.

Excluindo as vítimas da Pulse, 28 americanos que se identificavam como lésbicas, gays, bissexuais ou transgênero foram assassinados em 2016, um aumento de 17% em relação aos 24 mortos do ano anterior, de acordo com o relatório anual. A quantidade de assassinatos do ano passado foi a mais alta desde 2012, quando 25 pessoas LGBT foram mortas.

Incluindo as vítimas da Pulse, os assassinatos de pessoas LGBT subiu 217% em 2016. Nem todos os mortos no ataque ao clube eram LGBT.

"A tragédia enorme do Clube Noturno Pulse, somada à violência diária e à discriminação que permeiam nossas vidas como pessoas LGBT... criaram uma tempestade perfeita de medo e trauma para nossas comunidades este ano", disse Melissa Brown, do Projeto Antiviolência da Cidade de Kansas, um membro da coalizão, em um comunicado.

O projeto explica que o "Q" em "LGBTQ" significa "queer", um termo que evita especificar a orientação sexual ou a identidade de gênero.

A coalizão, que publica o relatório desde 1997, disse que as pessoas LGBT continuam vulneráveis à violência em 2017, especialmente no que descreveu como o "clima político incendiário" atual nos Estados Unidos. / REUTERS 

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