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Assembleia da Venezuela denunciará atuação do Supremo à OEA

Segundo Henry Ramos Allup, presidente do legislativo - controlado pela oposição -, série de decisões recentes do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) 'impedem trabalho' dos deputados; ao todo, opositores dizem que Supremo reverteu 17 decisões do Parlamento

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - A Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pela oposição, denunciará o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) à Organização dos Estados Americanos (OEA) por uma série de decisões recentes que impedem o trabalho do Legislativo. 

"Vamos enviar as sentenças (do TSJ) à OEA e às demais organizações internacionais", disse o presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, em entrevista coletiva.

Presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup (C) fala com a imprensa na Venezuela Foto: REUTERS/Marco Bello

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O dirigente opositor assinalou que a Sala Constitucional do TSJ emitiu 17 decisões contra o Legislativo, desde que a oposição assumiu o controle da Assembleia, no dia 5 de janeiro, após 17 anos de hegemonia chavista.

Na mais recente delas, emitida quarta-feira, o TSJ declarou nula a decisão do Legislativo de invalidar a designação de 34 ministros da máxima corte. A decisão do TSJ "conserva a total validade e permanência dos juízes em seus cargos" e qualifica de "fraudulenta" a comissão parlamentar que em 14 de julho recomendou invalidar as nomeações ao Supremo, diz a decisão.

Na quinta-feira passada, 14, a Assembleia Nacional havia declarado nula a nomeação dos 13 principais ministros e de seus 21 suplentes no TSJ que foram nomeados pela antiga Assembleia, de maioria chavista, em 23 de dezembro, dias antes de a coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) assumir o controle do Legislativo.

Ramos Allup voltou a acusar o Supremo de ser o "escritório de advocacia" do presidente Nicolás Maduro e de atuar "reiteradamente para neutralizar a Assembleia Nacional".

A oposição já realizou várias denúncias contra o governo venezuelano na OEA, cujo secretário-geral, Luis Almagro, apoia o referendo revogatório do mandato de Maduro. / AFP

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