Assembleia Geral da ONU insiste em reformar o Conselho de Segurança

Para presidente da Assembleia, se mudanças não forem realizadas, o papel das Nações Unidas pode se tornar irrelevante

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NAÇÕES UNIDAS - A abertura oficial da 70ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, ocorre nesta terça-feira, 15. Ontem, a Assembleia decidiu prosseguir com as negociações de reforma do Conselho de Segurança para que ele tenha uma "representação mais equitativa", esforço realizado há uma década.

A resolução foi aprovada por consenso na última sessão do 69º período da Assembleia Geral, que inicia hoje um novo ciclo.

Sede da ONU em Genebra, Suíça Foto: EFE/Salvatore Di Nolfi

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Se não forem realizadas reformas, "pode chegar um momento em que o papel das Nações Unidas passe a ser irrelevante", afirmou o presidente da Assembleia Geral, o ugandense Sam Kutesa.

A reforma no Conselho de Segurança é um dos grandes temas das Nações Unidas, fundamentalmente pelo fato de que cinco países (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) seguem mantendo um posto permanente e direito de veto.

Apesar deste assunto voltar periodicamente à tona, há uma forte resistência entre alguns dos países com assento permanente no órgão a aceitar mudanças.

"Nos últimos dez anos fizemos tudo menos negociar", ressaltou Kutesa, que acrescentou que com o passo dado na Assembleia Geral se pode exercer "mais pressão" em favor da reforma.

"A mensagem dos Estados-membros foi alta e clara", reforçou Kutesa, destacando que crises como o fluxo de migrantes que a Europa vive agora representam o "fracasso" da ONU em manter a paz e a segurança. /EFE

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