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Assessora do secretário de Justiça renuncia nos EUA

Monica Goodling se recusa a testemunhar sobre o caso da demissão de fiscais federais que também envolve Karl Rove, assessor político de Bush

Por Agencia Estado
Atualização:

Monica Goodling, uma das assessoras mais próximas do secretário de Justiça dos Estados Unidos, Alberto Gonzales, renunciou nesta sexta-feira, após ter indicado que se negaria a testemunhar no Congresso sobre a demissão de oito fiscais federais. Goodling comunicou sua decisão em carta enviada a seu chefe na qual não deu uma razão para sua demissão. Em 26 de março, Goodling disse que se fosse convocada para testemunhar se ampararia na Quinta Emenda da Constituição, que protege contra a auto-incriminação. Goodling era encarregada das relações com a Casa Branca no Departamento de Justiça, além de assessorar Gonzales. Por isso, poderia explicar a participação de Karl Rove, o assessor político do presidente George W. Bush, e Harriet Miers, sua ex-assessora legal, nas demissões. Os democratas afirmam que os fiscais foram substituídos por motivos políticos, por não ceder às pressões para que investigassem candidatos democratas pouco antes das eleições. Por sua parte, Gonzales alega que as demissões são relacionadas ao desempenho dos fiscais em seus cargos. Quando o caso foi descoberto, o procurador-geral afirmou que não tinha participado das conversas que levaram à decisão. No entanto, seu ex-chefe de gabinete, Kyle Sampson, que também se viu forçado a renunciar por sua participação no caso, disse posteriormente em um comparecimento ao Congresso que falou pessoalmente com Gonzales sobre o tema. Está previsto que o secretário de Justiça compareça ao Comitê Judicial do Senado em 17 de abril.

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