
21 de abril de 2020 | 10h53
Os profissionais de saúde da Índia estão enfrentando desafios no combate à pandemia do novo coronavírus. Além da falta de equipamentos e instalações adequadas para o trabalho, há relatos de violência contra eles.
Na última segunda-feira, 20, a Associação Médica Indiana (IMA) divulgou um comunicado dizendo que "os médicos foram abusados, espancados, negados de entrada e residência". Segundo a entidade, médicos, enfermeiros e todos os profissionais da saúde precisam ser protegidos por uma lei nacional.
Profissionais de saúde também foram hostilizados e atacados em países como Austrália e Filipinas, mas a situação é mais dramática na Índia.
"Exigimos uma lei central especial contra a violência para médicos, enfermeiros, profissionais de saúde e hospitais", disse, em nota, a IMA.
Em protesto simbólico, a entidade pede que profissionais de saúde de todo o país acendam uma vela nesta quarta-feira, 22, às 21 horas (horário local), no chamado 'Alerta Branco'. "Não permita que nosso branco se torne vermelho. Proteja os médicos".
Caso o governo não formule uma lei central sobre a violência contra os profissionais de saúde, a IMA informou que haverá um 'Dia Negro', nesta quinta-feira, 23, quando médicos de todo o país trabalharão com crachás preto.
Outras decisões devem ser tomadas se o governo ainda não agir, de acordo com a declaração emitida pelo IMA.
Muitos médicos, que trabalham na linha de frente de hospitais, já testaram positivo para a covid-19. Somente em Nova Deli, foram mais de cem profissionais. Muitos deles moram em albergues onde o distanciamento social não acontece efetivamente.
A Índia possui 18.601 casos confirmados e 590 mortes. No dia 24 de março, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, decidiu pelo confinamento total do país de 1,3 bilhão de habitantes durante três semanas para conter a pandemia do coronavírus . / Com informações da CNN e AFP
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