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Associated Press acompanha interrogatório em Guantánamo

Por Agencia Estado
Atualização:

Autoridades militares dos Estados Unidos concederam acesso exclusivo a jornalistas da Associated Press para a mais extensa visita já permitida à carceragam da base naval de Guantánamo, inclusive acesso a cerca de 50 detidos, alguns deles mantidos em uma nova instalação de segurança máxima. Durante dois dias, os jornalistas da AP acompanharam três interrogatórios através de espelhos de fundo falso e som desconectado. Um desses interrogatórios foi realizado na parte da penitenciária reservada a detentos que possuiriam informações importantes para a luta contra grupos considerados terroristas. Não havia guardas armados presentes nos interrogatórios. Segundo autoridades militares, "nunca são usados guardas armados" nesse tipo de interrogatório. Elas disseram ainda que cada detento normalmente é interrogado em diversas sessões que duram de duas a quatro horas. Ao longo de um dia, essas sessões não ultrapassam um total de 15 horas. As cenas mostradas a uma jornalista e a um fotógrafo da AP eram muito distintas das de Abu Ghraib, a penitenciária operada pelos EUA no Iraque onde diversos soldados americanos participaram de torturas e humilhações contra detentos. As técnicas de interrogatório utilizadas em Abu Ghraib foram recomendadas pelo general Geoffrey Miller, ex-comandante de Guantánamo. Miller e outros oficiais militares negam que detentos tenham sido submetidos a maus-tratos em Guantánamo. "Trata-se de um ambiente totalmente diferente. Eles não estão nos atacando todos os dias", tenta justificar o general Jay Hood, que substituiu Miller.

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