Um ônibus lotado com civis afegãos foi alvo de uma bomba colocada à beira de uma estrada no sul do Afeganistão nesta terça-feira, 29, perto da cidade de Kandahar. O atentado matou 30 pessoas e feriu outras 39, em mais uma mostra dos riscos para os civis, após oito anos de guerra.
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Nove mulheres e sete crianças estavam entre os mortos, segundo o chefe de polícia provincial, Sardar Mohammad Zazai. Os militantes ampliaram para um nível inédito o número de bombas colocadas à beira de estradas, tendo como alvo as tropas dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), além de soldados locais. Porém a maioria das vítimas acabam sendo civis.
"Os inimigos do Afeganistão estão instalando minas na principal rodovia e matando mulheres e crianças inocentes", afirmou Zazai. O ônibus foi atingido pela bomba a oeste de Kandahar, em um distrito controlado por militantes chamado Maiwand. O ônibus seguia da província a oeste de Nimroz até Cidade de Kandahar. A viagem inclui alguns dos mais perigosos distritos nas províncias de Helmand e Kandahar.
As extensas regiões do sul das províncias de Kandahar e de Helmand são as principais áreas de influência dos taleban no Afeganistão e palco de frequentes combates entre forças internacionais e afegãs e os fundamentalistas.
As tropas dos EUA e da Otan são alvos de críticas pelas mortes de civis, geralmente em ataques aéreos. Porém os norte-americanos acreditam que o Taleban também perderá apoio entre os afegãos, pelas mortes de civis causadas pelas bombas colocadas à beira de estradas.
Um relatório da ONU divulgado no sábado aponta que agosto foi o mês mais mortífero do ano para os civis afegãos, por causa da violência insurgente. Um total de 1.500 civis morreram no Afeganistão, entre janeiro e agosto, em comparação com os 1.145 mortos no mesmo período do ano anterior.