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Ataque a hotel de luxo e explosão matam ao menos 11 na Líbia

Ao menos cinco dos mortos eram estrangeiros; segundo o 'NYT', grupo vinculado ao EI reivindicou autoria do ataque

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Por Redação
Atualização:
Forças de Segurança cercam hotel em Trípoli Foto: Ismail Zitouny/Reuters

(Atualizada às 16h40) TRÍPOLI - O número de mortos na explosão de um carro-bomba e no posterior ataque a um hotel de luxo nesta terça-feira, 27, em Trípoli subiu para 11.

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Um funcionário do hotel Corinthia informou que cinco homens mascarados, usando coletes à prova de balas, invadiram o local depois de os seguranças terem tentado impedi-los. Segundo a fonte, eles entraram e realizaram disparos aleatoriamente contra os funcionários que estavam no saguão. 

Cinco pessoas que morreram eram estrangeiras, informou o diretor das Forças Especiais líbias, Mahmoud Hamza. A nacionalidade dos estrangeiros não foi informada.

O porta-voz do escritório de operações de Segurança Esam al-Naas, informou que um dos responsáveis pelo ataque foi preso.

O funcionário do hotel relatou que ao chegar ao local houve uma explosão no estacionamento, a uma distância de cerca de 100 metros de onde estavam. Isso aconteceu depois de as forças de proteção terem entrado no saguão e aberto fogo contra os homens que realizavam o ataque. Ao menos dois soldados morreram em razão da explosão quando estavam vigiando a entrada do hotel. 

De acordo com a fonte, o hotel recebia hóspedes italianos, britânicos e turcos, mas a instalação estava bem vazia no horário do ataque. O funcionário não tinha informações sobre reféns, mas afirmou que o primeiro-ministro, Omar al-Hassi, morador do hotel, não estava no local nesta terça. O hotel Corinthia já foi alvo de um ataque em 2013, quando um ex-primeiro-ministro foi sequestrado no local.

Al-Naas explicou que alguns empregados do hotel ficaram levemente feridos e houve danos materiais em vários veículos, na fachada do hotel e em outros edifícios adjacentes. O ataque provocou cenas de pânico e as autoridades esvaziaram a região hoteleira de Trípoli.

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Segundo Al-Naas, a explosão ocorreu em um carro vermelho modelo Honda, com as mesmas características do carro-bomba que explodiu no dia 17 perto da embaixada da Argélia, deixando três feridos.

De acordo com o New York Times, o grupo que se denomina Província de Trípoli do Estado Islâmico divulgou um comunicado nas redes sociais assumindo a responsabilidade pelo ataque, que seria uma retaliação à captura por tropas americanas do líder da Al-Qaeda líbia Nazih Abdul-Hamed al-Ruqai, também conhecido como Abu Anas al-Libi.

Desde a derrubada e o assassinato em 2011 do ditador líbio Muamar Kadafi, o país tem se dividido entre milícias concorrentes e tribos que disputam o poder. A transição pós Kadafi não funcionou e há dois governos e Parlamentos rivais, cada um apoiado por milícias diferentes, governando as regiões leste e oeste do país. A capital Trípoli tem sido atingida por uma série de carros-bomba e disparos em meio aos conflitos. / EFE, NYT e REUTERS

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