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Ataque a posto de controle policial mata 2 no Paquistão

Por AE
Atualização:

Grupos de militantes islamitas armados com rifles e lançadores de foguetes atacaram nesta madrugada um posto de controle policial no Paquistão, matando dois soldados e ferindo cinco. Não há confirmação sobre vítimas entre os militantes, pois, segundo a polícia, eles fugiram após o tiroteio, ocorrido nos subúrbios de Peshawar, cidade no noroeste do país.O posto de controle em Sarband fica próximo de Khyber. Ele faz parte do instável cinturão tribal na fronteira afegã, onde mísseis dos Estados Unidos já mataram membros da Al-Qaeda e do Taleban. Washington qualifica a região como a mais perigosa do planeta.A polícia informou que repeliu mais cedo uma ofensiva, por volta da meia-noite, de outro grupo de 70 membros do Taleban armados com metralhadoras e lançadores de foguetes, ainda antes do amanhecer. Levou uma hora para a polícia repeli-los, segundo Mohammad Ijaz Khan, um graduado oficial de polícia.Na ação da madrugada, foram mortos dois policiais e cinco outros se feriram, segundo Khan. A polícia afirma que os agressores são membros da facção paquistanesa do Tehreek-e-Taliban ou do grupo do senhor de guerra Mangal Bagh, o Lashkar-e-Islam, ambos com presença na região de Khyber.As forças do governo paquistanês enfrentam o Taleban e a Al-Qaeda há anos no noroeste do país. Milhares de soldados já morreram no conflito, que muitos no Paquistão veem como parte da guerra dos EUA na região. O Paquistão era um aliado do regime do Taleban no Afeganistão, mas se aliou a Washington após o 11 de setembro de 2001. Khyber é agora uma via de passagem para os suprimentos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sediadas no Afeganistão.O Paquistão recebeu US$ 18 bilhões dos EUA na última década, mas suas forças não conseguem controlar a insurgência na zona tribal do noroeste, apesar de várias ofensivas. A operação norte-americana que matou Osama bin Laden em uma cidade perto de Islamabad, em 2 de maio, causou dúvidas sobre um possível apoio ao extremista no país. Os EUA pressionam o Paquistão para atacar grupos militantes em seu território. Muitos desses militantes preparam ações contra as forças estrangeiras no vizinho Afeganistão. As informações são da Dow Jones.

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