Ataque ao Iraque não é iminente, avalia analista

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Por Agencia Estado
Atualização:

O discurso do presidente norte-americano, George W. Bush, pela manhã na Assembléia Geral da ONU, foi positivo para as bolsas de valores norte-americanas, pois contribuirá para baixar o prêmio de risco das ações, na opinião do estrategista-senior de investimentos para Estados Unidos do banco Lehman Brothers, Charles Reinhardt. "O discurso de Bush nos leva a crer que um ataque militar ao Iraque não é mais iminente", disse ele à Agência Estado. "Lógico que o discurso de Bush não sugeriu que os Estados Unidos vão esperar sentados e não vão agir, mas deu para entender que um ataque não ocorrerá imediatamente, como era a impressão há algumas semanas", explicou Reinhardt. Por conta do discurso, o preço do petróleo estava em baixa de US$ 1 por barril para US$ 29 o barril. Para Reinhardt, os Estados Unidos querem que a ONU force o Iraque a se livrar das suas armas de destruição em massa. "O interessante é que Bush não pediu a adoção de novas resoluções, mas que a ONU cumpra as resoluções já em vigor", observou o estrategista. Como conseqüência, as alternativas de ações vão se limitar mais ainda. "Há o sentimento de que uma solução via o envio de inspetores de armas da ONU pode acontecer. Também que o discurso de Bush abriu margens para uma postura mais multilateral do que unilateral", afirmou. Nesse sentido, o prêmio de risco das ações, que ainda está em níveis elevados, deve cair. "Hoje, o mercado acionário é mais influenciado pela queda no prêmio de risco do que pelas expectativas de lucros das empresas", explicou Reinhardt. Veja nosso especial

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