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Ataque com carro-bomba na Turquia mata dois soldados em província curda

Ação aconteceu quando um comboio militar se dirigia para dispersar um protesto realizado pelos curdos

Atualização:

ANCARA - Um ataque com carro-bomba matou dois soldados na província curda de Diyarbakir, na Turquia, neste domingo, 26, deixando outros quatro feridos. O atentado é atribuído a rebeldes curdos após o governo iniciar ontem uma ofensiva contra eles no norte do Iraque. Forças turcas também atingiram posições do Estado Islâmico perto da fronteira com a Síria.

Segundo a agência de notícias Dogan, a artilharia turca, com base na cidade de Semdinli, bombardeou ontem alvos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) próximo à fronteira com o Iraque por quase três horas. É a primeira operação desse tipo desde que as negociações de paz começaram, em 2012. Já o ataque com carro-bomba aconteceu na cidade de Lice, contra um comboio militar que se dirigia para dispersar um protesto realizado por curdos.

O atentado é atribuído a rebeldes curdos após o governo iniciar ontem uma ofensiva contra eles no norte do Iraque Foto: Cadgas Erdogan / AP

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Possíveis insurgentes curdos também atiraram contra bases da polícia nas cidades de Diyarbakir, Siirt e Mardin, todas no sudeste do país. Ninguém teria se ferido. As tensões com os curdos têm crescido nos últimos dias, após um ataque suicida do Estado Islâmico em uma cidade turca perto da fronteira com a Síria. Elesacusam o governo turco de não fazer o suficiente para evitar as ações do grupo terrorista na região.

Na noite deste sábado, o governo dos EUA disse que a Turquia tem o direito de se defender contra os ataques dos rebeldes curdos. O porta-voz Alistair Baskey criticou fortemente as recentes ações do PKK, classificado pelos americanos como um grupo terrorista. Mesmo assim, ele afirmou que os dois lados deveriam evitar a violência e buscar uma solução pacífica.

As autoridades turcas proibiram um protesto pela paz que estava marcada para a manhã deste domingo em Istambul, argumentando que o evento poderia ser usado por grupos ilegais para atos de "provocação". / ASSOCIATED PRESS

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