
01 de dezembro de 2013 | 09h44
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, declarou que a aeronave tinha como alvo um complexo do grupo rebelde conhecido como o Tawhid Brigada na cidade de al-Bab. As bombas erraram o alvo e atingiram o mercado Nafasin, matando 26 pessoas, a maioria civis, incluindo quatro crianças. Três vitimas eram rebeldes, disse Rami Abdurrahman, que dirige o observatório.
A ofensiva do governo no Norte do país seria o mais recente esforço das forças de Assad para recuperar território antes das negociações de paz previstas para janeiro, em Genebra. A oposição detém atualmente grandes faixas de território no Norte do país, incluindo a fronteira com a Turquia, bem como bairros inteiros de Alepo, a maior cidade da Síria e seu centro comercial.
O observatório inicialmente relatou seis mortos no ataque, realizado do sábado, mas elevou o número de mortos para 26 neste domingo, quando recebeu mais informações dos rebeldes.
A Brigada Tawhid é um dos mais conhecidos e poderosos grupos rebeldes da Síria,
com uma estimativa de 10 mil combatentes. É particularmente forte na província de Alepo.
Tropas de Assad também têm lutado contra oposicionistas na região central de Qalamoun, perto da fronteira com o Líbano, visando cortar as rotas de fornecimento dos rebeldes e conter o fluxo de combatentes que sai do país vizinho.
Neste domingo, o observatório informou que as tropas enfrentaram rebeldes, incluindo membros da Al-Qaeda ligados à milícia islâmica Jabhat al-Nusra, dentro da cidade predominantemente cristã de Maaloula, perto de Damasco. Fortes confrontos estavam concentrados na parte antiga da cidade e houve vítimas em ambos os lados, disse Abdurrahman, sem informar o número de mortos e feridos nesse combate.
Maaloula fica nos limites de Qalamoun, cerca de 60 quilômetros a nordeste da capital e a sudoeste de Nabek, cidade que tem sido foco de um esforço do governo nos últimos dias. Anteriormente a cidade já tinha sido firmemente dominada pelo governo, apesar de estar cercada por território controlado pelos rebeldes. Maaloula foi uma grande atração turística , antes da guerra civil. Alguns dos seus moradores ainda falam uma versão do aramaico, a linguagem bíblica que se acredita ter sido usada por Jesus. Fonte: Associated Press
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.