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Ataque do Al-Shabab a hotel na Somália deixa ao menos 20 mortos

Terroristas detonaram dois carros-bomba ao lado do hotel e invadiram o local atirando contra os hóspedes; outras 20 pessoas ficaram feridas e número de vítimas pode aumentar

Atualização:

MOGADISCIO - Pelo menos 20 pessoas morreram no ataque cometido na noite de quinta-feira por milicianos do grupo jihadista Al-Shabab no hotel e restaurante Beach View em Mogadíscio, capital da Somália, informaram nesta sexta-feira, 22, fontes policiais e dos serviços de emergência.

Outras 20 pessoas ficaram feridas no ataque, que durou várias horas, informou o porta-voz policial Qasim Roble ao site de notícias local "Somali Update".

Soldado patrulha praia de Lido, na Somália, depois de um ataque do Al-Shabab a hotel deixar ao menos 20 mortos Foto: REUTERS/Feisal Omar

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No entanto, o número de vítimas e feridos pode aumentar, advertiu a companhia de emergências de saúde Mogadishu Ambulance Services, que participou do transporte dos feridos para vários hospitais da capital somali.

As forças especiais da Somália conseguiram resgatar grande parte dos civis que estavam no hotel, onde acontecia um casamento e uma festa de formatura universitária.

O Al-Shabab reivindicou a autoria do ataque e garantiu que o número de vítimas chegava a 20, algo que as forças de segurança negaram inicialmente, qualificando essa informação de "exagerada".

Os terroristas detonaram um carro-bomba nas imediações do hotel e, em seguida, entraram no recinto abrindo fogo contra os clientes, entre os quais havia políticos, músicos e jornalistas.

O Beach View é um dos vários restaurantes e hotéis da praia de Lido, uma área de lazer muito frequentada por políticos, membros proeminentes da diáspora somali e outros cargos do alto escalão da administração local.

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Este novo ataque do Al-Shabab, que é ligado à Al-Qaeda, acontece apenas seis dias depois do atentado contra uma base militar da Missão da União Africana na Somália (Amisom), no qual os terroristas mataram pelo menos 70 soldados quenianos.

O grupo islamita radical luta há anos para impor a lei islâmica no país e realiza atentados com muita frequência contra alvos governamentais e de lazer em Mogadíscio, assim como nas nações vizinhas que mantêm tropas na Somália para impedir sua expansão, principalmente o Quênia.

Há apenas uma semana, a Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) realizou um ataque contra um conhecido hotel da capital de Burkina Fasso, Ouagadogou, e matou cerca de 30 pessoas. / EFE e REUTERS

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