Ataque do regime sírio perto de Damasco deixa ao menos 40 mortos

Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que monitora o conflito, pelo menos 12 foguetes foram disparados pelas forças de Bashar Assad contra mercado em Duma

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DAMASCO - Pelo menos 40 pessoas morreram nesta sexta-feira, 30, em ataques com foguetes do regime sírio contra um mercado em Duma, o principal reduto opositor nos arredores de Damasco, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"As forças do regime dispararam mais de 12 foguetes contra um mercado em Duma", afirmou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH. "Quarenta pessoas morreram e 100 ficaram feridas", completou Rahman, muitas delas em estado grave.

Mercado em Duma, reduto da oposição síria, ficou completamente destruído após ataque de Assad Foto: REUTERS|Bassam Khabieh

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O ativista opositor Hassan Taqiedin, residente em Ghouta Oriental, afirmou à Efe pela internet que a Defesa Civil dos arredores de Damasco elevou o número de mortos a 47. Já o grupo Defesa Civil Síria postou uma foto em sua página no Facebook de cerca de uma dúzia de corpos ensanguentados deitados no chão, e informou que mais de 45 pessoas morreram no ataque.

Na quinta-feira, Duma foi cenário de ataques da aviação síria. Nove pessoas morreram nos bombardeios contra um mercado e um hospital, segundo um balanço atualizado do OSDH, que tem sede na Grã-Bretanha e dispõe de uma ampla rede de informantes na Síria.

Esta cidade, capital administrativa nas proximidades de Damasco, está cercada pelas forças do regime há dois anos e é, com frequência, alvo de ataques aéreos das forças governamentais.

Em agosto, os ataques em Duma provocaram 117 mortes em apenas um dia e geraram uma onda de protestos internacionais. 

O ataque de hoje coincide com a realização de uma reunião em Viena sobre a disputa no país árabe, à qual participam os principais atores internacionais no conflito sírio, como os EUA, Rússia, Irã e Turquia, embora sem a participação das partes sírias que protagonizam a guerra. / AFP, REUTERS e EFE

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