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Ataque do Taleban mata ao menos 10 no Afeganistão

Atualização:

Suicidas disfarçados de soldados afegãos atacaram um complexo do governo afegão nesta quarta-feira numa fracassada tentativa de liberar mais de dez prisioneiros do Taleban que eram transferidos para serem julgados num tribunal do oeste do país. Pelo menos 10 pessoas foram mortas, dentre elas três participantes do ataque. As ação, ocorrida na província de Farah, é o mais recente exemplo da capacidade do Taleban de atacar instituições governamentais, apesar das fortes medidas de segurança. A violência recorrente tem prejudicado a confiança no governo do presidente Hamid Karzai, que tenta consolidar seu aparato de segurança antes da retirada das tropas de combate do país, no final de 2014.Seis homens usando coletes com explosivos chegaram de carro ao centro da capital da província, que também se chama Farah, em veículos do Exército, o que permitiu a eles passar pelos postos de verificação, disse o chefe de polícia Agha Noor Kemtoz.Dois dos atacantes detonaram os explosivos no interior de um dos veículos, enquanto quatro saltaram do segundo e correram na direção do tribunal e do escritório da promotoria, disse ele. Os guardas abriram fogo, matando um dos participantes do ataque, mas outros três fugiram para prédios próximos e iniciaram um violento combate, que impediu os funcionários de deixarem seus escritórios. Kemtoz acredita que dois desses atacantes foram mortos, mas a informação não pode ser confirmada porque os confrontos ainda estava acontecendo. Segundo ele, o ataque tinha como objetivo libertar 15 prisioneiros do Taleban que eram transferidos para um tribunal, onde serial julgados. "Definitivamente, o plano era libertar os prisioneiros com o ataque, mas graças a Deus, ele não conseguiram", afirmou. "Nenhum prisioneiro fugiu."Dois policiais e três civis, dentre eles um juiz e seu filho, também foram mortos. O diretor de saúde pública da província, Abdul Jabar Shayeq, disse que 72 pessoas ficaram feridas, das quais 12 são integrantes das forças de segurança e 60 são civis. As informações são da Associated Press.

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