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Ataque em massa à escola da Crimeia é culpa da ‘globalização e das redes sociais’, diz Putin

Vladislav Rosliakov matou 20 pessoas antes de se suicidar na instituição de ensino; dentre as vítimas, nove eram menores de idade; investigadores procuram determinar motivações do agressor

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Por Redação
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SOCHI, RÚSSIA - O presidente russo, Vladimir Putin, culpou nesta quinta-feira, 18, a "globalização" pelo ataque em massa registrado na véspera em uma escola técnica na Crimeia, no qual 20 pessoas foram mortas por um estudante de 18 anos que se suicidou após a ação.

Um adolescente matou 20 pessoas - sendo nove menores de idade - e feriu mais de 50 em uma escola na Crimeia Foto: Pavel Rebrov / Reuters

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"É o resultado da globalização, das redes sociais, da internet. Vemos que há toda uma comunidade que foi criada nisso. Tudo começou com os trágicos eventos nas escolas dos Estados Unidos", declarou Putin.

Um adolescente de 15 anos foi a vítima mais jovem do massacre. Além dele, outros oito menores de idade foram mortos e mais de 50 pessoas ficaram feridas. Sete ainda estão em estado "extremamente grave", afirmou a ministra da Saúde, Veronika Skvortsova.

Parentes e amigos das vítimas prestam homenagem perto do colégio onde ataque foi realizado Foto: Andrey Petrenko / AFP

Ela explicou que os médicos foram obrigados a amputar membros de várias pessoas em razão dos ferimentos provocados por pedaços de metal acoplados à bomba da fabricação caseira detonada pelo autor do massacre. Em alguns casos, os músculos das vítimas foram literalmente "pulverizados", disse Veronika.

Os investigadores russos procuram determinar as motivações do autor do ataque, que foi chamado de “Columbine russo” pela imprensa. Sem uma versão oficial divulgada, especula-se sobre a personalidade e o entorno do agressor, identificado pelas autoridades como Vladislav Rosliakov.

De acordo com o jornal Kommersant, o jovem “cresceu em uma família muito pobre”. O pai dele, deficiente físico, não vive com a mãe, que trabalha em uma clínica e é membro da igreja Testemunha de Jeová, organização considerada “extremista” e proibida na Rússia. / AFP e EFE

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