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Ataque israelense mata três palestinos. Um deles é do Hamas

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma explosão destruiu uma motocicleta na Faixa de Gaza nas primeiras horas de domingo, informaram moradores locais, causando a morte de três pessoas, inclusive um comandante do grupo islâmico Hamas. O Hamas acusou Israel pelo "assassinato sujo" de Wael Nassar, um comandante do grupo de 38 anos, e de seu assistente Mohammed Sarsour, de 31. Um pedestre também morreu no ataque. Os dois membros do Hamas estavam em uma motocicleta quando ela explodiu, disseram testemunhas. Ainda não se sabe ao certo o que causou a explosão. Testemunhas disseram ter visto um brilho no céu antes do estrondo, indicando a possibilidade de um ataque israelense. O Exército de Israel ainda não se manifestou sobre o assunto. De acordo com fontes hospitalares, além dos três mortos, sete pessoas ficaram feridas, inclusive uma mulher e seus três filhos. Um dos irmãos de Wael Nassar morreu em 17 de abril, no ataque israelense que resultou na morte de Abdel Aziz Rantisi, então o mais alto dirigente do Hamas. Outros sete familiares de Nassar morreram em outros choques com forças israelenses, disseram conhecidos. Outros ataques Mais cedo, um palestino armado matou um oficial do Exército de Israel na manhã de hoje durante uma operação militar israelense no campo de refugiados palestinos de Balata, nos arredores de Nablus. Soldados israelenses operam na região há dias e tentam capturar supostos militantes extremistas. O ataque ocorreu quando militares realizavam operações de busca e apreensão. Em Jerusalém, um turista americano foi esfaqueado nas costas por um palestino na Cidade Velha, informaram policiais e fontes hospitalares. O americano de 24 anos estuda em uma escola religiosa de Jerusalém. Ele foi liberado pelos médicos depois de ser tratado por ferimentos superficiais. Na Faixa de Gaza, soldados israelenses mataram um homem que se aproximou de forma suspeita de uma cerca na fronteira com Israel na noite de ontem. Momento delicado Os atos de violência ocorrem em um momento no qual o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, prepara-se para um possivelmente conturbado debate sobre sua proposta de esvaziar toda a Faixa de Gaza e quatro assentamentos judaicos na Cisjordânia. Apesar das discussões entre os 23 ministros de Sharon sobre o plano, não deverá ser realizada nenhuma votação sobre o tema na reunião ordinária de amanhã porque o primeiro-ministro não tem maioria, anteciparam fontes ligadas ao governo. Enquanto isso, a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Carol Bellamy, pediu a Israel que obedeça às regras internacionais sobre detenção de crianças e amenize as restrições que impedem que milhares de jovens palestinos tenham acesso à educação. Em visita oficial ao Oriente Médio, ela também pediu aos palestinos que façam mais para proteger as crianças. Segundo dados do Unicef, pelo menos 573 palestinos e 104 israelenses menores de 18 anos morreram ao longo do atual conflito, iniciado em 28 de setembro de 2000.

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