Ataque maoista mata 75 policiais e fere 7 na Índia

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Por AE
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Maoistas da Índia mataram hoje 75 policiais em uma emboscada no Estado de Chhattisgarh, no centro do país, segundo o secretário de Interior, Gopal Pillai. Sete policiais ficaram feridos. A emboscada dos rebeldes de extrema-esquerda ocorreu durante a madrugada, de acordo com autoridades locais.A emboscada é considerada o pior massacre da história de forças de segurança da Índia pelos insurgentes extremistas, segundo as autoridades locais. A patrulha da polícia paramilitar foi atacada de madrugada e, quando os reforços chegaram à área, eles também foram cercados por centenas de rebeldes armados.Autoridades chegaram a citar anteriormente 60 mortos e entre dez e 15 desaparecidos. "Nós ainda não podemos confirmar o exato número de mortos", disse uma fonte do setor de segurança em Raipur, 650 quilômetros ao sul de Dantewada.Os maoistas intensificaram seus ataques em resposta à ofensiva do governo, que começou a persegui-los nas florestas do chamado "Corredor Vermelho", que ocupa uma faixa no norte e no leste da Índia. O ministro do Interior, P. Chidambaram, disse que o massacre mostra a "natureza selvagem" dos maoistas. Os rebeldes começaram a campanha por um Estado comunista em 1967 e agora estão ativos em 20 dos 28 Estados indianos. Em Nova Délhi, o ministro disse que "algo deve ter dado errado" para que tantos membros das forças de segurança tenham morrido, citando a possibilidade de uma "armadilha".Principal inimigoChidambaram afirmou ontem que o movimento maoista é o "principal inimigo" do país. O primeiro-ministro, Manmohan Singh, já qualificou os maoistas como a principal ameaça interna à segurança da Índia. O ministro-chefe de Chhattisgarh, Raman Kumar, disse em Raipur que a ofensiva contra os maoistas irá continuar. "Nós teremos que ser mais cautelosos, mas manteremos nossa operação."Em março de 2007, os maoistas foram apontados como responsáveis por um ataque que matou 55 policiais em Chhattisgarh. Os atentados maoistas ocorrem quase semanalmente na Índia, com ataques contra as forças de segurança, escolas, prédios do governo, trens e delegacias. As informações são da Dow Jones.

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