
07 de janeiro de 2012 | 03h07
O principal suspeito é o grupo Boko Haram, responsável pelo atentado de dezembro, que dias antes ameaçara atacar os cristãos da região, caso eles não partissem.
Segundo a polícia local, o ataque começou quando militantes armados invadiram uma reunião de comerciantes e abriram fogo, gritando "Deus é o maior". De acordo com Okey Raymond, um sobrevivente do atentado, os cristãos tentaram fugir, mas alguns foram atingidos. "Os tiros entravam pelas janelas", disse.
O novo episódio de violência pode aumentar as tensões sectárias entre cristãos e muçulmanos na Nigéria. O Boko Haram, cujo nome na língua local significa "A educação ocidental é pecado" tem aumentado suas ações violentas nos últimos meses.
Para analistas, o objetivo é desestabilizar a coexistência entre muçulmanos e cristãos no país. Na quinta-feira, um atirador abriu fogo em uma igreja, matou dez pessoas e feriu outras dez.
Violência. No ano passado, o Boko Haram organizou ao menos três atentados de grande porte. Durante as eleições presidenciais de abril, 16 pessoas morreram em um ataque a um centro de votação. Em agosto, o grupo atacou um escritório da ONU em um prédio de cinco andares na capital, Abuja. A ofensiva deixou 24 mortos.
Em novembro, no ataque mais violento do ano, militantes armados abriram fogo em Damaturu, matando mais de cem pessoas. / AP e REUTERS
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