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Ataque mata mais de 40 pessoas, afirma primeiro-ministro libanês

Em lágrimas, primeiro-ministro denunciou ataque a vila libanesa no encontro da Liga Árabe. Israel repete que pediu à população para abandonar o sul do Líbano

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais de 40 pessoas morreram nesta segunda-feira em ataque à vila de Houla, na fronteira do Líbano com Israel. A informação foi dada pelo primeiro-ministro libanês, Fuad Saniora, em lágrimas, na abertura do encontro da Liga Árabe de ministros de relações exteriores. Saniora gaguejava enquanto pedia aos colegas dos Estados árabes que ajudem o país, "devastado", pela ofensiva israelense, que desde 12 de julho tem atingido civis e a infra-estrutura do país. Saniora revelou o ataque a vila, palco de intensos conflitos terrestres nos últimos dias, em um discurso emocionado, que abriu o encontro dos ministros de relações exteriores da Liga Árabe. A reunião acontece como demonstração de solidariedade com o governo e população libanesa, sob intensos ataques aéreos desde 12 de julho. "Há uma hora atrás houve um terrível massacre na vila de Houla onde mais de 40 mártires foram vítimas dos bombardeios intencionais", afirmou. Redes de televisão locais divulgaram que aproximadamente 40 pessoas morreram cobertas pelos escombros das casas destruídas pelos ataques aéreos de Israel. O exército israelense afirma estar investigando as afirmações sobre Houla e repetiu que os habitantes das vilas no sul do Líbano foram advertidos a abandonar a região. Saniora interrompeu diversas vezes seu discurso para chorar e secar suas lágrimas. Os ministros aplaudiram sua fala. Saniora repudiou os ataques de Israel questionando, "se essas ações terríveis não são terrorismo de Estado, o que é terrorismo de Estado?" O primeiro-ministro disse que "o nosso país retrocedeu em décadas".

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