Ataques anti-semitas caem pela primeira vez desde 2000

Relatório diz que diminuição de ataques anti-semitas se deve a melhor imagem de Israel e maior prevenção dos governos ocidentais

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Por Agencia Estado
Atualização:

O número de ataques anti-semitas no mundo caiu em 2005 pela primeira vez em cinco anos, segundo o relatório anual do Instituto de Anti-semitismo Contemporâneo, da Universidade de Tel Aviv. O relatório, que analisa anualmente o fenômeno do anti-semitismo por número de atos de violência, tipos, origem ideológica e países em que são cometidos, afirma que em 2005 ocorreu uma queda de 20% em comparação com 2004. No total, no ano passado, o Instituto registrou 406 ataques e ofensas contra instituições ou pessoas de origem judia, número que em 2004 foi de 501, o mais alto dos últimos cinco anos. Ainda assim, é a primeira vez que esse número cai desde 2000, quando a explosão da Intifada de Al-Aqsa e a repressão israelense contra os palestinos deram origem a uma onda de violência anti-semita em muitos países ocidentais. Segundo o relatório, divulgado nesta segunda-feira para a imprensa, França e Canadá são os países em que houve a maior queda no número de ataques, enquanto na Grã-Bretanha o número de ataques físicos caiu, mas não ocorreu o mesmo com o número de ofensas. Dois dos países em que os ataques anti-semitas aumentaram foram Rússia e Ucrânia. Dia do Holocausto O relatório é divulgado todos os anos na véspera do Dia do Holocausto, que será lembrado em Israel a partir desta noite com uma cerimônia no Museu do Holocausto de Jerusalém. Na terça-feira, uma sirene tocará em Israel durante um minuto para lembrar os seis milhões de judeus que morreram nos campos de extermínio nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), enquanto em diferentes instituições públicas serão lidos os nomes das vítimas que puderam ser identificadas, cerca de 3 milhões. De acordo com o relatório, a violência anti-semita caiu este ano graças a dois elementos: uma melhora na imagem pública de Israel graças à evacuação de Gaza e uma maior ação preventiva dos governos ocidentais.

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