
24 de setembro de 2019 | 04h17
GENEBRA - Inimigos que tentarem atacar o Irã vão enfrentar o cativeiro e derrota. É isso que afirmou um oficial sênior iraniano nesta terça-feira, 24, um dia depois do presidente do país, Hassan Rohani, declarar que a mensagem do Irã para o mundo é de paz e estabilidade.
Irã anuncia liberação de petroleiro sueco de bandeira britânica retido no Estreito de Ormuz
"Nós estamos dizendo repetidamente que o inimigo que praticar qualquer tipo de violação contra o nosso país vai sofrer o mesmo que o drone americano ou o petroleiro inglês", disse o chefe das forças armadas do Irã, major general Mohammad Bageri.
O presidente Rouhani pretende apresentae um plano para garantir a segurança do Golfo Pérsico, em cooperação com outros países da região. Rouhani estará na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York nesta semana.
França, Alemanha e Reino Unido responsabilizaram nesta segunda-feira, 23, o Irã pelo ataque a duas das principais refinarias da Arábia Saudita no último dia 14 e manifestaram apoio às investigações em andamento sobre o caso.
"Está claro para nós a responsabilidade do Irã por este ataque. Não há outra explicação plausível. Apoiamos as investigações em andamento para estabelecer mais detalhes", disseram o presidente francês, Emmanuel Macron, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson em comunicado conjunto.
Os três líderes apontaram que continuam apegados ao compromisso com o acordo nuclear assinado com o Irã em julho de 2015 e que na época foi respaldado por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU, mas cobraram que o país reverta as decisões de reduzir o cumprimento do pacto.
Para o trio, os ataques afetam todos os países e "aumentam o risco de um grande conflito".
As agressões "ressaltam a importância de realizar esforços comuns para uma estabilidade e segurança regional, incluindo a busca de uma solução política para o conflito do Iêmen", disseram os políticos europeus. Os três pediram que o Irã se comprometa com o diálogo e "evite escolher a provocação e o confronto".
"Reiteramos nossa convicção de que chegou o momento para o Irã aceitar negociações a longo prazo sobre seu programa nuclear, assim como sobre assuntos relacionados com a segurança regional, incluindo seu programa de mísseis", afirmaram. / Reuters e EFE
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.