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Ataques israelenses matam nove em Gaza

Segundo os cálculos das próprias forças de segurança israelenses, morreram pelo menos 70 palestinos desde o início da operação

Por Agencia Estado
Atualização:

Ataques israelenses contra os militantes palestinos na Faixa de Gaza mataram nove pessoas e feriram várias outras nesta segunda-feira, informaram hospitais palestinos. A ofensiva israelense continuará até que militantes palestinos libertem o soldado israelense seqüestrado no dia 25 de junho. No primeiro ataque, aviões israelenses lançaram um bombardeio na Cidade de Gaza contra um grupo de militantes que portavam um míssil anti-tanque perto da passagem de Karni, que cruza Gaza e Israel, informou o exército. O bombardeio matou uma pessoa. Minutos depois, o exército fez um segundo ataque contra um grupo de militantes na cidade de Beit Hanoun, norte de Gaza, matando outras quatro pessoas. Segundo o Exército, os militantes tinham acabado de lançar um foguete contra Israel. Em outro ataque, dois militantes da Jihad Islâmica morreram. O carro em que os militantes estavam foi atingido na vila de Abassan, no sul de Gaza. Israel confirmou o ataque mas não informou quem eram os alvos. Em Beit Lahya, no norte da faixa de Gaza, outros dois supostos militantes palestinos foram mortos durante um tiroteio. Olmert descarta proposta Já em Jerusalém, desmentindo as versões de que poderia haver um acordo com o grupo radical islâmico Hamas, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse nesta segunda-feira que seria "um grande erro" soltar centenas de palestinos mantidos em penitenciárias israelenses em troca da libertação do soldado capturado Gilad Shalit. Segundo Olmert, não se deve negociar com "essa organização sanguinária". Pouco depois da fala de Olmert em Jerusalém, o líder do Hamas no exílio, Khaled Meshal, disse a jornalistas em Damasco que o cabo israelense Gilad Shalit não será libertado enquanto não houver uma troca de prisioneiros. Os comentários de Olmert e Meshal sinalizam um impasse na crise desencadeada pela captura de Shalit, em 25 de junho. Três grupos radicais palestinos reivindicaram a captura do cabo e a qualificaram como uma resposta a uma série de ações militares israelenses que provocaram a morte de dezenas de civis palestinos nas semanas que antecederam o episódio. Três dias depois da captura de Shalit, forças israelenses bombardearam e depois invadiram a Faixa de Gaza. Apesar da ofensiva, militantes palestinos conseguiram disparar três foguetes rústicos na direção de Israel no domingo, ferindo uma pessoa e danificando uma casa na cidade de Sderot. Após a captura de Shalit, o Exército invadiu diversas regiões da Faixa de Gaza, e, segundo os cálculos das próprias forças de segurança israelenses, matou pelo menos 70 palestinos desde o início da operação, intitulada "Chuvas de verão". Texto atualizado às 19h00

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