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Ataques matam 28 cristãos na Nigéria

Por ABUJA
Atualização:

Ao menos 20 cristãos morreram ontem em um ataque de radicais islâmicos no nordeste da Nigéria. As vítimas, mortas em Mubi, uma região de maioria muçulmana, eram da etnia igbo. Este foi o atentado mais violento contra a minoria religiosa desde o Natal, quando 35 pessoas morreram na explosão de uma bomba em uma igreja durante uma missa. O principal suspeito é o grupo Boko Haram, responsável pelo atentado de dezembro, que dias antes ameaçara atacar os cristãos da região, caso eles não partissem. Em uma outra ação, homens armados abriram fogo contra fiéis que estavam em uma igreja na cidade de Yola (noroeste) matando ao menos 8 pessoas. Segundo a polícia de Mubi, o ataque começou quando militantes armados invadiram uma reunião de comerciantes e abriram fogo, gritando "Deus é o maior". De acordo com Okey Raymond, um sobrevivente do atentado, os cristãos tentaram fugir, mas alguns foram atingidos. "Os tiros entravam pelas janelas", disse. O novo episódio de violência pode aumentar as tensões sectárias entre cristãos e muçulmanos na Nigéria. O Boko Haram, cujo nome na língua local significa "A educação ocidental é pecado" tem aumentado suas ações violentas nos últimos meses. Para analistas, o objetivo é desestabilizar a coexistência entre muçulmanos e cristãos no país. Na quinta-feira, um atirador abriu fogo em outra igreja, matou dez pessoas e feriu dez. Violência. No ano passado, o Boko Haram organizou ao menos três atentados de grande porte. Durante as eleições presidenciais de abril, 16 pessoas morreram em um ataque a um centro de votação. Em agosto, o grupo atacou um escritório da ONU em Abuja, deixando 24 mortos. Em novembro, militantes armados abriram fogo em Damaturu, matando mais de cem pessoas. / AP e REUTERS

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