Ataques suicidas matam 22 pessoas em Bagdá

Após fim de toque de recolher, violência na capital iraquiana aumenta; atentados deixaram ao menos 22 pessoas mortas

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BAGDÁ - Ataques em Bagdá mataram ao menos 22 pessoas e feriram dezenas nesta segunda-feira, dias após o governo levantar um toque de recolher noturno que esteve em vigor na capital iraquiana por mais de uma década. No primeiro ataque, um homem-bomba explodiu-se em um cruzamento movimentado no horário de pico, matando ao menos 18 pessoas. A explosão na Praça Adan, localizada em um território de maioria xiita de Bagdá, é o mais recente de uma série de ataques quase diários comandados por extremistas sunitas que buscam atingir a maioria xiita da população do país. O policial responsável pela contagem das fatalidades afirmou que o ataque também deixou 42 pessoas feridas. Horas depois, uma bomba destruiu uma área comercial no bairro de Husseiniyah, localizado no nordeste da capital, matando quatro civis e ferindo nove, afirmou outro policial. Dois médicos do governo confirmaram o número de vítimas. Os funcionários, incluindo os policiais, falaram com o Associated Press em condição de anonimato, pois não foram autorizados a dar entrevistas. Os ataques ocorreram dois dias após o primeiro-ministro Haider al-Abadi levantar o toque de recolher que vigorava entre meia-noite e 5h da manhã na capital. A ação estava em vigor desde 2004, quando o Iraque estava mergulhado na violência seguida pela invasão dos Estados Unidos ao país em 2003. O governo iraquiano tem lutado para impor segurança desde a retirada das forças militares americanas em 2011. Em meados do ano passado, o grupo Estado Islâmico, que assumiu diversos ataques em Bagdá e arredores, assumiu o controle de um terço do país, tomando a segunda maior cidade, Mossul. Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos vem fazendo ataques aéreos contra o grupo extremista desde agosto de 2014. / AP

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