Até 90% dos internados com covid nas UTIs do Reino Unido não tomaram a dose de reforço

Cerca de 57% da população do Reino Unido maior de 12 anos já tomou a dose extra; o objetivo é oferecer o reforço a toda a população adulta antes do fim do ano.

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Por Redação
Atualização:

LONDRES - Até 90% das pessoas internadas com covid-19 nas UTIs do Reino Unido não tomaram a dose de reforço da vacina, segundo informou nesta quarta-feira, 29, o primeiro-ministro Boris Johnson. O premiê fez um novo apelo para que a população tome a dose adicional antes do Ano Novo e descartou novas restrições este ano.

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"Lamento dizer, mas a grande maioria das pessoas internadas em cuidados intensivos em nossos hospitais são as que não receberam a vacina de reforço", destacou o líder conservador durante uma visita a um centro de vacinação.

"Falei com médicos que afirmam que até 90% das pessoas na UTI não receberam a dose de reforço", disse. "Quem não está vacinado tem, em média, oito vezes mais chances de terminar no hospital", afirmou Johnson.

Ambulância do serviço de saúde do reino Unido do lado de fora do Royal London Hospital em Londres. Foto: EFE/EPA/ANDY RAIN

Diante da propagação veloz da variante Ômicron, com um recorde de quase 130 mil casos registrados na terça-feira, 28, na Inglaterra e no País de Gales, o Reino Unido lançou sua campanha de vacinação de reforço. Cerca de 57% da população maior de 12 anos já tomou a dose extra no país. O objetivo é oferecer a vacina de reforço a toda a população adulta antes do fim do ano.

Com base no avanço da vacinação e apesar do aumento das hospitalizações, Boris Johnson voltou a descartar nesta quarta-feira endurecer as restrições em vigor na Inglaterra para frear a propagação do vírus, ao contrário da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, que fecharam as casas noturnas.

"A variante Ômicron continua provocando problemas reais. Vemos que os casos aumentam nos hospitais, mas é claramente menos virulenta que a variante delta e podemos seguir adiante como estamos fazendo", disse o chefe de Governo. No entanto, ele pediu à população para celebrar o Ano Novo com prudência. / AFP

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