Atentado em restaurante deixa ao menos 16 mortos e 3 feridos no Egito

Ex-empregado do estabelecimento teria lançado coquetéis molotov contra o edifício, causando um incêndio; mortes ocorreram em razão de queimaduras causadas pela explosão ou inalação da fumaça

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Por Redação
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CAIRO (atualizado às 8h40) - Um coquetel molotov atirado dentro de um restaurante no Cairo causou a morte de 16 pessoas e feriu outras 3 nesta sexta-feira, 4, relataram oficiais de segurança do Egito.

Um membro das autoridades do país reportou que o autor do ataque era um ex-empregado do restaurante, localizado no distrito de Agouza, que havia sido demitido anteriormente.

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As mortes ocorreram em razão de queimaduras causadas pela explosão ou inalação de fumaça. O restaurante, que também funciona como uma boate no período noturno, ficava no porão de um prédio e não havia rota para escapar do local.

Segundo o Ministério do Interior do Egito, o estabelecimento ficou completamente destruído pelo fogo. Os prédios próximos não foram afetados.

O Corpo de Bombeiros do Egito conseguiu apagar o fogo e policiais estão coletando provas no local. O restaurante, com nome de Al Sayad, fica em uma rua próxima ao rio Nilo.

O prefeito de Agouza, Ahmed Abdel Raheem, havia afirmado anteriormente que o caso se tratava de um "fato criminoso" ocorrido provavelmente em razão de uma disputa, e não de um ato terrorista.

Em entrevista a uma emissora estatal egípcia, Abdel Raheem explicou que entre os mortos estão empregados da boate. O ataque ocorreu por volta das 7h locais (3h em Brasília).

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As primeiras informações indicaram que três pessoas em uma motocicleta lançaram os coquetéis molotov contra o edifício, o que causou um incêndio, e fugiram do local logo depois, informou a agência oficial egípcia Mena.

As forças de segurança já identificaram os autores do crime e fazem buscas na região para prendê-los.

O país vive em tensão porque militantes islâmicos reivindicaram uma série de atentados a bomba e tiroteios no Egito recentemente, a maioria contra membros de forças de segurança.

O clima de tensão vigora desde 2013, quando o exército egípcio depôs o presidente Mohamed Mursi, filiado à Irmandade Muçulmana. A ação resultou em uma série de protestos da população e em mais repressão violenta por parte das forças armadas. /REUTERS, EFE e ASSOCIATED PRESS

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