
20 de janeiro de 2014 | 13h09
RAWALPINDI, PAQUISTÃO - Um ataque suicida matou 13 pessoas nas proximidades da sede militar do Paquistão nesta segunda-feira, 20, um dia após militantes matarem 20 militares dentro de um complexo do Exército no noroeste do país, disseram autoridades do país.
Um oficial aposentado e cinco soldados estão entre os mortos desta segunda-feira. Segundo a policial Harron Joiya, o bombardeio também feriu 18 pessoas.
O homem-bomba estava em uma bicicleta e detonou seus explosivos quando chegou perto de um posto de controle militar, disse Joiya. A área abriga inúmeras instalações militares e edifícios.
No domingo, um ataque à bomba promovido pelo Taleban contra um comboio militar no noroeste do Paquistão deixou pelo menos 20 mortos e 30 feridos, segundo informaram as forças de segurança.
O veículo onde estava a maioria dos mortos havia sido contratado pelo grupo paramilitar Frontier Corps. Ele saiu da base militar de Bannu e tinha como destino a região tribal do Waziristão do Norte.
Um porta-voz do Taleban no Paquistão, Shahidullah Shahid, disse que o ataque foi uma retaliação à morte do vice-líder do grupo, Waliur Rehman, assassinado no ano passado por um drone dos Estados Unidos. "Nós vamos vingar a morte de cada um dos nossos companheiros", afirmou.
Shahid afirmou que o alvo do ataque desta segunda-feira em Rawalpindi era o Exército, que vem lutando há anos contra insurgentes que pretendem derrubar o governo e estabelecer um rígido governo islâmico.
Os combatentes consideram o governo e as forças armadas "marionetes" dos EUA. Algumas breves tentativas de negociações de paz não foram para frente. Devido aos recentes ataques, o primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, cancelou sua ida ao Fórum Econômico Mundial em Davos./ AP
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