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Atentado contra curdos teve "marca da Al-Qaeda"

Por Agencia Estado
Atualização:

Os atentados que mataram hoje pelo menos 56 pessoas e feriram outras 235 no Iraque "tiveram a marca da Al-Qaeda", a organização terrorista de Osama bin Laden, conforme autoridades regionais. Os ataques foram feitos por dois homens-bomba, que se explodiram nas sedes de partidos curdos rivais em Irbil, no norte do Iraque, onde centenas de pessoas comemoravam uma festividade muçulmana. Num intervalo de cinco minutos, os terroristas suicidas entraram nas sedes do Partido Democrático do Curdistão (PDK) e da União Patriótica do Curdistão (UPK) e detonaram os explosivos que levavam sob a roupa. Foram os maiores atentados do pós-guerra naquela região - os dois partidos rivais controlam as províncias dominadas pelos curdos no norte iraquiano. Centenas de pessoas haviam se reunido nas sedes dos dois partidos para comemorar o início da Festividade do Sacrifício (o Eid al-Adha), uma das mais importantes para os muçulmanos. O governador de Irbil, Akram Mintik, e o vice-primeiro-ministro da região, Sami Abdul Raman, estavam na sede do PDK às 10h45 (horário local), quando foi cometido o primeiro atentado. Um porta-voz do partido disse que os dois dirigentes saudavam os presentes quando o camicase se aproximou e detonou os explosivos. Ele não informou se os dirigentes sobreviveram, limitando-se a dizer que "o atentado causou muitas vítimas", mas não era possível " precisar o número de forma independente". O segundo atentado foi cometido cinco minutos depois do primeiro, na sede da UPK, no outro extremo da cidade. O suicida agiu da mesma forma. Como ocorreu na sede do PSK, um funcionário não quis se referir ao número de mortos e feridos, dizendo apenas que foram "numerosos". Fontes da segurança do PDK comentaram que pelo menos 25 pessoas morreram e mais de 50 foram feridas no ataque ao partido liderado por Massud Barzani. Fontes próximas aos dois partidos falavam em pelo menos 150 vítimas nos dois atentados, mas este número não foi confrimado por autoridades. Nenhum grupo assumiu responsabilidade pelos ataques. No entanto, um grupo curdo radical, o Ansar al-Islã, atua na região e foi ligado à Al-Qaeda pelos militares dos EUA.

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