Atentado em academia militar deixa 23 feridos em Bogotá

Ministro da Defesa colombiano disse que a bomba foi plantada sob um Ford Explorer que passou pela vistoria de segurança

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um carro-bomba explodiu nesta quinta-feira no estacionamento de uma academia militar no norte de Bogotá, capital colombiana, ferindo pelos menos 23 pessoas. Informações sobre dois mortos, que chegaram a ser divulgadas pelas autoridades, foram negadas mais tarde. A explosão ocorreu na universidade militar Nueva Granada, adjacente à Escola Superior de Guerra, onde ocorria um evento que era atendido por dignatários estrangeiros e o comandante do Exército, general Mario Montoya. Nenhum deles ficou ferido. Visitando o local da explosão, o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, disse que a bomba foi plantada sob um Ford Explorer que passou por vistoria de segurança ao entrar na universidade. De acordo com o ministro, o carro, colocado no recinto por um homem vestindo uniforme militar, carregava 60 quilos de um explosivo granulado denominado R-1. O material foi envolto em papel alumínio para despistar os cães farejadores. O ministro explicou que as câmeras do circuito interno de segurança gravaram o momento em que o homem deixou o veículo no estacionamento. "Trata-se de um típico ato terrorista", afirmou. Todas as janelas de prédios de frente para o estacionamento foram estilhaçadas. A explosão destruiu três carros usados por guarda-costas de Montoya. Entre os feridos estão 11 estudantes, a maioria de filhos de militares. Foi oferecida uma recompensa de US$ 400 mil por informações que levem à captura dos responsáveis pelo atentado. Sem indicados O ministro se recusou a responsabilizar alguém pela explosão, mas o vice-presidente colombiano, Francisco Santos, disse imaginar "que isto tem a ver com as Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, o maior grupo guerrilheiro do país]". Segundo ele, "é impossível saber contra quem era (o atentado)". O major Efraín Jaramillo, que participava do curso que era ministrado por Montoya, relatou que a explosão "fez o edifício tremer". "Graças a Deus nada ocorreu com as 45 pessoas que estavam no salão. A fumaça invadiu o recinto e nosso grande líder general Montoya nos tirou do local pelos fundos", afirmou. "Estávamos no porão da universidade, quando ouvimos uma grande explosão", contou, por sua vez, Paola Rojas, uma estudante da universidade. "Foi como uma onda, que explodiu todas as janelas onde estávamos".

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