Atentado em hotel mata 60 no Paquistão

Caminhão-bomba incendeia prédio onde estavam centenas de estrangeiros

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Por REUTERS E AFP
Atualização:

Uma caminhão-bomba explodiu ontem diante do luxuoso hotel da rede americana Marriott - uma das mais bem vigiadas instalações particulares da capital do Paquistão, Islamabad - deixando pelo menos 60 mortos, segundo a agência France Presse, citando fontes hospitalares. A agência Reuters informou que a polícia local confirmou a morte de 40 pessoas. O número de feridos se aproxima de 200 e, até ontem à noite, policiais e bombeiros ainda buscavam por desaparecidos entre os seis andares do edifício em chamas, que estava em risco de desabar. Para fugir do fogo, algumas vítimas se jogaram das janelas do hotel. Embaixadas em Islamabad informaram que entre os desaparecidos estavam cidadãos americanos, alemães, dinamarqueses e sauditas. A força da explosão quebrou vidros de prédios localizados no raio de um quilômetro do hotel. Segundo testemunhas, o caminhão-bomba era inspecionado na barreira de segurança do hotel, a dezenas de metros do edifício, quando o motorista suicida detonou a carga - após um cão farejador ter detectado a presença de explosivos. "O Marriott é um ícone. É como se fosse o World Trade Center do Paquistão, um lugar simbólico de Islamabad", disse a The New York Times o funcionário do governo Abdullah Riar. Nenhum grupo assumiu imediatamente a autoria do ataque. A Casa Branca condenou o atentado e reiterou o apoio ao governo do Paquistão no combate ao terrorismo. Pouco antes da explosão, o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, anunciou que não toleraria mais invasões de seu território em nome da luta contra o terror, em clara referência às incursões do Exército americano no noroeste do país.

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