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Atentado mata 4 em bairro cristão de Beirute

Alvo do ataque era o capitão Wisam Eid, envolvido nas investigações de atentados atribuídos à Síria

Por REUTERS e EFE
Atualização:

Um carro-bomba explodiu ontem em um bairro de maioria cristã de Beirute, matando um funcionário de alto escalão do serviço de inteligência libanês e outras três pessoas. Pelo menos 38 pessoas ficaram feridas no atentado. As tevês libanesas mostraram imagens de vários veículos queimados, alguns com pessoas dentro. Segundo o chefe de polícia Ashraf Rifi, o alvo do ataque foi o automóvel do capitão Wisam Eid, de 31 anos, envolvido nas investigações de atentados anteriores e ligado à coalizão governista anti-Síria. Rifi disse que o segurança de Eid também morreu na explosão, no bairro de Hazmiya. Eid tinha escapado em 2006 de um outro atentado quando saía de casa. De acordo com a rede independente New TV, Eid deveria participar ontem de uma reunião com o comitê internacional que investiga o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri, em fevereiro de 2005. O assassinato de Eid ocorreu em meio a uma onda de atentados no Líbano, mais de 30, principalmente contra políticos anti-Síria e jornalistas, que começou após a morte de Hariri. O ataque também foi lançado em meio à pior crise política no país desde a guerra civil (1975-90). Uma disputa entre a coalizão governista pró-EUA e a oposição pró-Síria vem paralisando o governo há mais de um ano e impedindo a eleição de um novo presidente pelo Parlamento. Os EUA e vários outros países condenaram o ataque de ontem, que ocorreu dez dias após a explosão de um carro-bomba matar 3 pessoas e ferir outras 16 no leste de Beirute. O alvo do ataque era automóvel da embaixada dos EUA, mas nenhum funcionário americano ficou ferido. A Síria negou qualquer envolvimento no atentado de ontem e o condenou, dizendo que seu alvo foi "a estabilidade e a segurança no Líbano".

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