Atentado mata ao menos 32 na capital da Somália

Ataque teve como alvo hotel em Mogadiscio; terroristas do al-Shabab reivindicaram ação

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MOGADISCIO - Ao menos 32 pessoas morreram nesta terça-feira, 24, em um ataque a um hotel de Mogadiscio, capital da Somália. Segundo o governo, o atentado foi realizado por um homem-bomba e atiradores e reclamado pelo grupo terrorista al-Shabab. Seis membros do Parlamento estão entre as vítimas.

 

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Segundo um comunicado do governo, alguns dos terroristas estavam vestidos de guardas no momento do atentado. O Ministéo da Informação somali classificou o caso como "um ato deplorável durante o mês sagrado do Ramadã".

 

"Seis membros do Parlamento que estavam no hotel estão entre os mortos. Além deles, cinco agentes de segurança do governo também morreram. No fim de tudo, os terroristas se suicidaram", informou o Ministério por meio de nota.

 

Ao menos dois insurgentes invadiram o Hotel Huna atirando e segurando granadas, segundo um porta-voz da União Africana. Os dois teriam morrido.

Segundo o vice-primeiro-ministro somali, Abdirahman Haji Aden Ibi, além dos seis parlamentares e dos cinco agentes de segurança, também morreram 21 civis, entre eles dois funcionários do hospital.

 

O ataque ocorre apenas um dia depois de o porta-voz do al-Shabab, grupo ligado à rede terrorista Al-Qaeda, ameaçar com o início de uma guerra contra os "invasores", uma referência aos 6 mil soldados da União Africana na cidade.

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"Nossas forças mujahedin atacaram o Hotel Muna, que acomodava membros do Parlamento e oficiais de inteligência, e nossos mártires tiveram sucesso ao matar de 60 a 70 pessoas e servidores do governo", anunciou o porta-voz do grupo, Sheikh Ali Mohamud Rage.

O al-Shabab também foi o responsável por dois ataques na Uganda durante a transmissão da final da Copa do Mundo, quando 76 pessoas morreram. O grupo disse que a ação foi uma resposta à participação das tropas ugandenses na União Africana.

 

A Somália não consolida um governo há 19 anos. Os insurgentes islâmicos tentam derrubar o governo de Mogadiscio desde janeiro de 2007 para impor a Sharia - lei islâmica - no país.

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