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Ataque a hotel reivindicado por jihadistas mata sete no Sinai

Atentado envolveu atirador e homens e carro-bomba, deixando também 14 feridos; entre os mortos, estavam um juiz, dois policiais e um civil

Atualização:

(Atualizada às 16h18) CAIRO - Um atentado envolvendo atirador e homens e carro-bomba contra um hotel que hospedava juízes na cidade de Al-Arish, no norte da Península do Sinai, no Egito, provocou nesta terça-feira, 24, a morte de pelo menos 7 pessoas, 3 delas terroristas, além de deixar outras 14 feridas. Entre os mortos havia um juiz, dois policiais e um civil. A Província do Sinai, ou Wilayat al-Sina, braço egípcio do Estado Islâmico (EI) no Egito, reivindicou a autoria do ataque em sua conta no Twitter.

O hotel Swiss Inn foi atingido quando um terrorista detonou o colete de explosivos que usava junto ao corpo, informou o Ministério do Interior egípcio. O Exército egípcio explicou em sua página no Facebook que um extremista conseguiu entrar no edifício e ativar os explosivos na cozinha. Outro invadiu um dos quartos do hotel, onde assassinou a tiros o juiz. Esse atentado aconteceu após as forças de segurança apreenderem e explodirem um carro-bomba conduzido por um terceiro terrorista em uma barreira de segurança no perímetro do hotel.

Criminoso detonou umautomóvel repleto de explosivos no momento em que policiais tentavam impedir que ele ultrapassasse a barreira de segurança do hotel Swiss, na capital da província, Al-Arish Foto: AFP PHOTO / STR

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O comunicado detalha que entre os feridos havia dois juízes, três oficiais da polícia, cinco recrutas e dois civis. Fontes oficiais e dos serviços de segurança consultadas pela agência EFE ontem disseram que houve um tiroteio no acesso ao hotel Swiss Inn, próximo da praia, aos arredores de Al-Arish.

A explosão causou a destruição dos vidros das janelas e portas do hotel e a queda de alguns muros. As forças de segurança fecharam a rua que leva ao hotel e as zonas divisórias. No hotel se hospedavam juízes que tinham viajado ao norte do Sinai para supervisionar as eleições parlamentares realizadas no domingo e na segunda-feira. Não foram registrados incidentes durante a votação, embora a participação eleitoral tenha sido muito baixa.

O norte do Sinai é reduto de vários grupos extremistas, entre eles a filial egípcia do Estado Islâmico, Wilayat al-Sina, que intensificou seus ataques contra as forças de segurança do país desde o golpe de Estado de julho de 2013. O golpe destituiu o governo islâmico de Mohamed Morsi

No dia 31, um avião da companhia russa Metrojet foi derrubado na região, matando os 224 a bordo. Investigações apontam que uma bomba foi colocada na cabine do avião. O grupo Wilayat al-Sina disse ter sido o responsável por derrubar o avião e afirma que o ataque foi uma vingança pelos bombardeios russos na Síria. / EFE e AFP

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