O ataque às sinagogas de Istambul provocaram imediata reação de condenação ao redor do mundo. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Silvan Shalom, entrou em contato com o governo turco para oferecer ajuda humanitária. Um porta-voz do ministério, David Saranga, disse acreditar que os ataques contra sinagogas fazem parte de uma onda anti-semita e de ataques terroristas em todo o mundo. O papa João Paulo II enviou um telegrama de pêsames "a toda a nação turca" e lançou um chamado "pela paz e contra o terrorismo". O presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, e o ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, também expressaram sua firme condenação aos atentados. Prodi, que está em Milão, expressou suas condolências "em nome de toda a União Européia" ao encontrar-se com o rabino da sinagoga daquela cidade, Giuseppe Laras. "Não há Europa sem tolerância e esses episódios são incompatíveis com a própria natureza de europeus", disse Prodi. Em Bruxelas, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), George Robertson, qualificou o ataque de "detestável". O presidente francês, Jacques Chirac, enviou carta ao seu colega turco, Ahem Necdet Sezer, afirmando que atentados como o de hoje "devem servir apenas para fortalecer a luta contra o terrorismo e anti-semitismo". A condenação francesa ao ataque se deu ao mesmo tempo em que uma escola judaica dos subúrbios de Paris tinha sido parcialmente destruída por um incêndio. Embora a origem das chamas não tivessem sido esclarecidas, o ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, sugeriu que poderia tratar-se de um atentado anti-semita. Em Roma, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, dirigiu hoje uma mensagem de solidariedade a Amos Luzzatto, presidente da União dos Judeus Italianos, na qual condenou "a espiral de violência da qual não se vislumbra um final".