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Atentados coordenados matam 26 na Nigéria

Presidente nigeriano acusa grupo radical islâmico Boko Haram pelos ataques suicidas em duas cidades do país

Por KANO e NIGÉRIA
Atualização:

Homens-bomba mataram pelo menos 26 pessoas ontem em estações de ônibus das cidades nigerianas de Potiskum e Kano - que têm entre si 300 quilômetros de distância. O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, responsabilizou o grupo fundamentalista islâmico Boko Haram pelos ataques coordenados.No primeiro atentado, um suicida vestindo um colete com explosivos entrou em um ônibus em Potiskum, no nordeste da Nigéria, e detonou a bomba, matando 16 pessoas, segundo testemunhas e agentes de saúde. O porta-voz da polícia, Gbadegesin Toyin, disse que o terrorista era homem, mas algumas testemunhas pensaram, equivocadamente, que o ataque tinha sido cometido por uma adolescente que, na verdade, foi uma das vítimas.No domingo, uma jovem com explosivos amarrados ao corpo matou cinco pessoas e feriu dezenas diante de um mercado de Potiskum.No segundo ataque de ontem, em Kano, dois suicidas atacaram uma importante parada de ônibus da cidade, matando ao menos dez pessoas, informou o porta-voz da polícia local, Ibrahim Idris.Nenhum grupo insurgente assumiu a autoria dos ataques, mas o principal suspeito é o Boko Haram, que luta pela criação de um Estado islâmico na Nigéria. O uso de homens-bomba se tornou uma tática comum do grupo radical desde o ano passado, quando a milícia conquistou território e ficou mais forte e mortífera. Nas últimas três semanas, porém, os militantes começaram a sofrer uma série de derrotas em uma ofensiva militar conjunta de forças de Nigéria, Camarões, Níger e Chade.No sábado, tropas nigerianas apoiadas por ataques aéreos expulsaram o Boko Haram da cidade fronteiriça de Baga, uma vitória significativa na ofensiva, de acordo com o Exército.A falta de proteção aos civis é a maior crítica à administração do presidente nigeriano, diante das eleições presidenciais marcadas para 28 de março. / REUTERS

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