Atentados de Madrid foram decisivos para vitória de Zapatero

Principais acusados podem ter pena de 38 mil anos, segundo promotores

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Por Agencia Estado
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Depois de quase dois anos, os responsáveis pelas explosões em um trem de Madri, na Espanha, começaram a ser julgados nesta quinta-feira, 15. O atentado, que explodiu 4 vagões de uma composição do metrô, matou 191 pessoas em 11 de março de 2004, levando a uma repercussão que foi decisiva na vitória do partido socialista nas eleições parlamentares e na retirada das tropas espanholas do Iraque, no mesmo ano. Veja a cronologia dos acontecimentos que se seguiram aos ataques: 11 de março de 2004 - Dez bombas explodem em quatro vagões dos trens de Madri, matando 191 pessoa e ferindo outras 1.800. 11 de março de 2004 - A Polícia local encontra uma van com detonadores e uma fica cassete com versos do Corão horas depois da explosão. 12 de março de 2004 - A Polícia desarma uma bomba escondida em uma mochila em um dos trens, montada com explosivos conectados a um celular. 13 de março de 2004 - Os primeiros suspeitos pelas explosões são presos; entre eles estão dois marroquinos e um indiano. No mesmo dia, um porta-voz da Al-Qaeda assume a autoria dos atentados em um vídeo encontrado perto de uma mesquita em Madri; o porta-voz diz que os ataques são uma resposta contra a presença de tropas espanholas no Iraque e no Afeganistão. 14 de março de 2004 - Contando com o descontentamento público diante da insistência do governo conservador de que os responsáveis pelos ataques eram membros do grupo separatista basco ETA, mesmo que as evidências apontassem para terroristas islâmicos, o Partido Socialista vence as eleições nacionais de 2004 e semanas depois as tropas espanholas são retiradas do Iraque. 26 de março de 2004 - A Polícia encontra detonadores, traços de dinamite e impressões digitais em uma casa de campo próxima à cidade de Morata de Tajuna, onde suspeita-se que tenham sido preparados os explosivos do metrô. 3 de abril de 2004 - Sete supostos terroristas se explodem em uma ação suicida em Leganes assim que a prisão deles é decretada. A Polícia anunciou que eles pareciam seguir ordens de outros líderes. 11 de abril de 2004 - O chefe das investigações, o juiz Juan del Olmo, acusa 29 pessoas pelo atentado: 15 marroquinos, nove espanhóis, dois sírios, um egípcio, um argelino e um libanês. 7 de julho de 2006 - As investigações sobre o atentado são concluídas. 6 de novembro de 2006 - Promotores sentenciam cada um dos sete principais suspeitos a mais de 38 mil anos de prisão. 23 de janeiro de 2007 - A Corte Nacional espanhola marca para 15 de fevereiro o início do julgamento.

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