PUBLICIDADE

Atentados em Israel são "atos horrendos", diz Bush

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente americano, George W. Bush, condenou, neste domingo, os atentados suicidas em Israel, qualificando-os de "atos horrendos de assassinato" e pediu que o líder palestino, Yasser Arafat, e outros governantes árabes detenham e castiguem os responsáveis. "Este é o momento em que os partidários da paz no Oriente Médio devem colocar-se de pé para combater o terrorismo", disse Bush, que retornou neste domingo de Camp David, para um encontro com o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, na Casa Branca. "O presidente Arafat deve fazer tudo para achar os que assassinaram israelenses inocentes e levá-los a julgamento", declarou o líder americano que, desta vez, ao contrário das ocasiões anteriores, não pediu moderação a Israel. Sharon prometeu a Bush que "Israel agirá contra os que perpetuam o terror e os que os mandam nessas missões (suicidas)", revelou um funcionário israelense. Bush reuniu-se com Sharon durante pouco mais de uma hora. O encontro, previsto para esta segunda-feira, foi antecipado para que o chefe de governo pudesse retornar o mais breve possível a Israel. Sharon realiza nesta segunda uma reunião de emergência com seu gabinete, para decidir quais medidas serão adotadas para combater a nova onda de atentados. Atendendo à exigência de Bush para que prendesse imediatamente os responsáveis pelos atentados terroristas, as autoridades palestinas anunciaram, neste domingo à tarde, a captura de 75 militantes islâmicos dos movimentos integristas Jihad Islâmica e Hamas - entre eles três líderes deste. O secretário de Estado americano, Colin Powell, havia telefonado a Arafat logo após os atentados em Jerusalém, para pedir a detenção dos extremistas. Powell sugeriu que os ataques tinham o objetivo de sabotar a autoridade de Arafat. "Esta é a hora da verdade para o senhor Arafat", disse Powell, acrescentando acreditar que o líder palestino tem capacidade suficiente para fazer mais do que fez até agora. Já o secretário de Defesa americano, Donald Rumsfeld, manifestou, neste domingo, suas dúvidas a respeito da capacidade de Arafat de controlar os palestinos. "Arafat não é particularmente forte, e não sei se realmente controla a situação", disse Rumsfeld à rede de tevê NBC. Vários líderes mundiais - entre eles os de Rússia, Alemanha, França, Itália e Grã-Bretanha -, assim como a União Européia, também condenaram os atentados e exortaram o líder palestino a conter os militantes islâmicos e impedir novos ataques suicidas contra judeus inocentes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.