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Atirador do Alabama tinha ''lista de inimigos'' para massacre

Motivos de assassino que deixou 10 mortos ainda não estão determinados

Por AP , AFP e EFE E REUTERS
Atualização:

Michael McLendon, de 28 anos, o homem que matou dez pessoas e depois se suicidou no Estado do Alabama na terça-feira, tinha uma lista com nomes de pessoas que "fizeram mal" a ele. Apesar de ter encontrado a prova, a polícia ainda não conseguiu determinar o que motivou o massacre, no qual foram assassinados a mãe de McLendon e outros quatro parentes. Veja cronologia dos principais ataques contra escolas no mundo "Encontramos uma lista com pessoas que trabalharam com ele", afirmou o promotor do Condado de Coffee, Gary McAliley. Entre os nomes citados, estão ex-colegas de uma fábrica de salsichas na cidade de Elba e de uma metalúrgica de Samson, onde McLendon trabalhou antes de pedir demissão, sem nenhum motivo aparente. Ele também chegou a fazer um curso para tornar-se policial em Samson. Autoridades da região tentavam entender ontem o que levou McLendon - um jovem quieto e educado, segundo conhecidos - a cometer o ataque. PERSEGUIÇÃO O massacre começou às 15h30 locais (17h30 de Brasília) na casa de McLendon, em Kinston, quando ele matou a mãe e os quatro cachorros, que foram empilhados e incendiados. Armado com dois fuzis, uma pistola e uma carabina, o atirador seguiu para a casa de um parente, em Samson, onde matou um tio, dois primos, e a avó. A mulher de um delegado e sua filha de 18 meses também foram mortas no local. Um bebê de 4 meses e outras cinco pessoas ficaram feridas Um vizinho disse que McLendon começou a atirar sem falar. "Ele não tinha nenhuma expressão, estava morto", disse Tom Knowles, que mora próximo da casa onde ocorreu o ataque. De carro, o atirador seguiu para a cidade de Geneva, perto da fronteira com o Estado da Flórida, onde disparou ao acaso, aparentemente sem alvo definido, deixando outros três mortos. Durante o trajeto, trocou tiros com a polícia, que o cercou em Geneva. O agressor se suicidou dentro de uma loja. De acordo com testemunhas, McLendon usava fones de ouvido. Ele teria descarregado 200 balas. ARSENAL A polícia afirmou que, pela quantidade de munição, o massacre poderia ter sido pior. "Tenho certeza que ele estava determinado a matar mais pessoas, ele estava fortemente armado", disse o delegado do condado, Dave Sutton. Ataques a tiros tornaram-se comuns nos EUA nos últimos anos. Em um dos incidentes mais recentes, um atirador vestido de Papai Noel matou nove pessoas durante uma festa na véspera de Natal, antes de se suicidar na cidade de Covina, Califórnia.

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