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Atirador do Canadá era considerado suspeito de alto risco pelo governo

Suspeito de tiroteio no Parlamento em Ottawa chegou a ser impedido de retirar a documentação apropriada para ir ao exterior

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Por Redação
Atualização:
O ataque causou pânico em Ottawa, a capital do Canadá, em razão da suspeita de que havia mais de um atirador Foto: Chris Wattie/Reuters

O responsável pelo ataque ao Parlamento canadense na quarta-feira foi identificado como sendo Michael Zehaf-Bibeau, um homem de 32 anos com passagens pela polícia por crimes de menor gravidade. 

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Segundo o jornal

The Globe and Mai

l, Zehaf-Bibeau foi designado pelo governo canadense antes do ataque como um "viajante de alto risco" e chegou a ser impedido de retirar a documentação apropriada para ir ao exterior. Ele é filho de um empresário de Quebec, Bulgasem Zehaf, que aparentemente lutou an 2011 na Líbia, e Susan Bibeau, vice-presidente da divisão do Conselho de Imigiração e Refugiados do Canadá.

Autoridades do país não forneceram muitos detalhes sobre o responsável pelo ataque, mas a publicação afirma que Zehaf-Bibeau tem um histórico de pequenos delitos em Quebec cometidos no início dos anos 2000, tais como fraude de cartões de crédito, furto e posse de drogas. Um colega da mesquita frequentada por Zehaf-Bibeau afirmou que ele estava se sentindo perseguido "pelo demônio" e que deveria estar sofrendo transtornos mentais.

O atentado da quarta-feira fez com que Zehaf-Bibeau fosse classificado pelo primeiro-ministro do país, Stephen Harper, como um terrorista. O atirador baleou um soldado no fim da manhã de ontem, no Memorial de Guerra, e depois invadiu o Parlamento, que teve de ser cercado por agentes de segurança. Devido à ação, o primeiro-ministro teve de ser retirado às pressas do edifício, mas diversos congressistas permaneceram.

Armado com um rifle, Zehaf-Bibeau pôs a segurança dos parlamentares em risco e teve de ser abatido por policiais dentro do Parlamento. O soldado atingido por ele, identificado como Nathan Cirillo, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

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Em discurso em rede nacional, Harper afirmou que esse foi o segundo ataque terrorista em solo canadense nos últimos três dias

. O primeiro caso foi cometido por Martin Rouleau, um canadense que atropelou dois soldados em Quebec na segunda-feira. Um deles morreu e outro ficou levemente ferido. Rouleau tentou fugir da cena do crime, mas foi perseguido por policiais, capotou seu carro e foi morto a tiros pelos agentes. Harper considerou o primeiro ataque terrorista como motivado pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O Canadá elevou o risco de ataques terrorista no país na terça-feira, após o governo enviar seis caças para apoiar a coalizão liderada pelos Estados Unidos contra os militantes no Iraque e na Síria. O Estado Islâmico, por sua vez, já havia pedido a simpatizantes no ocidente que organizem ataques terroristas contra os países que se opõem aos avanços do grupo.

/ AP

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